As trabalhadoras e trabalhadores da empreiteira Terceiriza, contratada para serviços gerais na Cemig, foram à luta e conseguiram avanços. Eles paralisaram as atividades nos dias 09, sexta-feira, na segunda, dia 12 e terça, 13, e, enfim, puderam receber o salário do mês de dezembro. O movimento contou com a solidariedade dos companheiros de empresa e do quadro próprio da
Cemig, além do apoio irrestrito da direção do Sindieletro, que sempre esteve e continuará junta aos companheiros terceirizados, por dignidade e direitos.
Os companheiros da Terceiriza tiveram que brigar por um direito básico, o de receber seus salários, em atraso. Na terça. 13, quase no final da tarde, a empreiteira quitou o pagamento do mês de dezembro. Mas ainda há mais luta. As trabalhadoras e os trabalhadores aguardam resposta para algumas pendências.
Por intermédio do Sindieletro, a gerência responsável pelo contrato com a Terceiriza na Sede da Cemig assumiu o compromisso de buscar solução para acabar com o desconto das horas de comparecimento do trabalhador ao médico. A Terceiriza, contrariando a legislação trabalhista, vem realizando desconto no contracheque sempre que o trabalhador excede três horas de comparecimento ao médico.
Os trabalhadores também conseguiram a palavra da gerência: o que estiver ao seu alcance, fará tudo para impedir possíveis retaliações da Terceiriza contra as trabalhadoras e trabalhadores que aderiram à mobilização. Nas contas do Sindieletro, a adesão foi mais de 70% dos empregados.
O Sindieletro destaca a grande solidariedade ao movimento, lembrando que vários trabalhadores já haviam recebido os salários, enquanto outros ficaram a ver navios. Os companheiros que já tinham recebido se uniram àqueles que ainda aguardavam o dinheiro. Também os companheiros do quadro próprio da Cemig deram exemplo de solidariedade, participando do movimento. Na Sede, vários dirigentes do Sindieletro estavam lá, apoiando, tentando negociar as reivindicações dos companheiros.
A direção sindical continuará atenta, acompanhando a rotina das trabalhadoras e dos trabalhadores, cobrando a solução das pendências. Ao sinal de qualquer irregularidade, vai denunciar, vai apoiar as mobilizações.
Mais uma vez, o Sindieletro mostrou, nesse final de gestão da diretoria tucana na Cemig, que realmente foi e continuará sendo um incômodo para o sistema de administração empresarial nos últimos 12 anos. A categoria, para nós todos os trabalhadores que trabalham na Cemig, terceirizados ou não, sabe lutar. A mobilização sempre será contra a opressão e o ataque aos direitos dos trabalhadores(as).