Com a proximidade das eleições, a comparação entre as propostas dos dois principais candidatos ao governo de Minas, Zema (Novo) e Alexandre Kalil (PSD), ganha o interesse da população.
Divulgadas as plataformas de governo dos dois candidatos, que lideram as pesquisas eleitorais, nota-se que entre os temas de maiores divergências estão as estatais.
Uma pesquisa, realizada pelo DataTempo e divulgada no início deste mês, demonstrou que a maioria do eleitorado de Minas é contra a privatização das empresas mineiras.
A pesquisa destacou que 65,3% dos entrevistados são contra a venda da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), 59,6% são contra a venda da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e 53,9% são contra a venda da Gasmig.
Apoiado por Lula (PT), que lidera a disputa pela presidência, o ex-prefeito de Belo Horizonte considera "impensável" a privatização das estatais estratégicas para o estado. Na contramão das preferências da população mineira, Romeu Zema, alinhado ideológica e economicamente a Jair Bolsonaro (PL), reafirma em seu programa o compromisso com a venda das empresas.
Privatizações
Assim como em sua primeira eleição, o plano de governo do candidato do Novo declara sua intenção de venda do patrimônio público. No eixo “prosperidade”, Zema apresenta como proposta “realizar a venda de participações minoritárias e privatização de empresas estatais”.
Já a plataforma do ex-prefeito da capital mineira, se posiciona contra a privatização das empresas, enfatiza sua importância para o desenvolvimento do estado e destaca que a venda das estatais estratégicas não irá melhorar a situação financeira de Minas.
“É impensável imaginar que uma empresa como a Cemig, uma das principais concessionárias de energia elétrica do Brasil, criada há 70 anos por Juscelino Kubitschek, indissociável do desenvolvimento socioeconômico do Estado, poderia ser vendida, juntamente com Copasa para arrecadar uma quantia que não cobre uma e meia folha de pagamento mensal do Estado”, afirma o documento de Alexandre Kalil.
Outros temas como segurança alimentar, proteção social e combate à violência contra mulheres, negros e negras e pessoas LGBTI+ aparecerem com destaque no programa do ex-prefeito de BH e de forma pontual na plataforma de Zema.
Já no programa do candidato à reeleição, temas como a segurança jurídica para as decisões, a garantia de liberdade e propriedade e otimização de recursos são desenvolvidos.
Fonte: Brasil de Fato MG, por Ana Carolina Vasconcelos