Analistas do mercado financeiro avaliam que a privatização da Copasa não deve acontecer, devido às dificuldades de articulação política do governador Romeu Zema. Essa mesma avaliação já foi feita em relação à Cemig. Os analistas de mercado não citaram que a Constituição Mineira prevê que, para a privatização, tanto da Copasa quanto da Cemig, é preciso o voto de três quintos da Assembleia Legislativa. E, também, a realização de um referendo popular apontando se o povo de Minas é a favor da privatização. E pesquisas já mostraram: a maioria da população do Estado é contra a privatização da Cemig e da Copasa.
A luta dos trabalhadores contra a venda das estatais mineiras também representa grande resistência às privatizações, em Minas e no país.
Confira a matéria publicada no site voltado ao mercado financeiro, MoneyTimes:
Copasa: para analistas, processo de privatização não deve acontecer
Por Diana Cheng
O Conselho Mineiro de Desestatização (CMD) no ano passado autorizou a assinatura de contrato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para realizar estudos técnicos da privatização da Copasa (CSMG3), de acordo com o fato relevante. Embora a notícia alimente a perspectiva de desestatização da companhia, a XP Investimentos continua cética sobre o processo.
Na avaliação da corretora, a probabilidade da Copasa ser privatizada é muito baixa, principalmente se considerar a dificuldade de articulação política do partido do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Partido Novo), dentro do Congresso do estado.
Os analistas da XP não acham que a assinatura do contrato entre o CMD e o BNDES deva justificar uma eventual valorização das ações.