No dia 15 último, a Gerência da Cemig em Patos de Minas se dirigiu até a localidade de Coromandel para dizer aos trabalhadores que eles têm, no máximo, 30 dias para a escolha de outro lugar para viverem com suas famílias. Avisou que a localidade de Coromandel será fechada para que, segundo a Gerência, a Cemig melhore sua eficiência operacional, faça uma reestruturação de pessoal e reduza custo da operação.
É uma decisão de cima para baixo e deixa claro que, é para isso que as pessoas são tratadas como meros objetos.
A Gerência disse ainda que até o dia 23 de março os trabalhadores receberão e-mail informando em quais locais eles poderão se candidatar para a transferência compulsória. E a empresa espera que, a partir desse e-mail, a localidade já esteja fechada no prazo de, no máximo, trinta dias.
É sabido que há uma reestruturação a vista, vinda de uma gestão que privilegia o mercado financeiro e a diminuição de custos. Com certeza, a redução de custos será o principal critério para tal reestruturação.
As gestões que se seguem nos últimos anos têm ignorado os processos que garantem o fornecimento de energia elétrica aos seus consumidores.
A redução do quadro de pessoal está gerando um problema estrutural nos processos de trabalho e, agora, com mais essa tentativa de fechar as localidades, mais uma vez os trabalhadores e os consumidores de energia elétrica vão pagar o pato.
Para os trabalhadores, o deslocamento será maior para atender as ocorrências, aumentando o risco de acidente e comprometendo as metas estipuladas por essa equivocada gestão. Sem falar dos transtornos para suas famílias, gerados com a transferência
Aos consumidores fica a precarização do atendimento e do restabelecimento de energia elétrica!
A afirmação de melhoria da eficiência é um grande equívoco, já que cortar custo fechando e diminuindo o número de localidades vai gerar gasto maior com os processos. A demora do restabelecimento da energia elétrica também vai comprometer o DEC.
O governador Fernando Pimentel, em sua campanha, afirmou ter andado pelo Estado e recebido várias reclamações sobre o atendimento da Cemig. Mais uma vez, Pimentel vira as costas para os trabalhadores da Cemig e para o povo mineiro, que deve cobrar seus compromissos assumidos.
Nós, trabalhadores da Cemig, precisamos debater e compreender os processos de trabalho para denunciar aos consumidores de energia elétrica o descaso deste governo e desta gestão Cemig.