Trabalhadores e trabalhadoras da Educação da Rede Municipal de Belo Horizonte e da Rede Estadual de Minas estão em greve por melhores salários e melhores condições de trabalho.
A greve da Educação é um movimento mais que legítimo, uma vez que o prefeito de BH, Alexandre Kalil, o governador Romeu Zema e o presidente Bolsonaro não têm valorizado a educação como deveriam.
É importante que pais e alunos vejam que essa greve não é transtorno, mas uma mobilização pela educação de qualidade e por valorização de professoras e professores.
No caso da Rede Municipal de Ensino, além da questão salarial, já foi reduzida a Escola Integral e retirados os seguranças das escolas.
Já na Rede Estadual, além do fechamento de escolas, o governo criou a matrícula eletrônica, que muito prejudicou os pais e alunos, já que houve redução do número de vagas. Isso forçou pais de alunos a peregrinarem em busca de vagas em escolas longe de suas residências.
Os professores e professoras da Rede Estadual também lutam pelo pagamento do Piso Salarial Nacional, implantado no governo Lula, mas que até hoje não foi pago em Minas Gerais. Além do piso, os professores reivindicam o Plano de Carreiras.
A Educação, que infelizmente vem sendo deteriorada, principalmente nos governos Zema e Bolsonaro, é sobretudo a base de aprendizado e conhecimento para qualquer cidadão e profissional de todas as áreas. Portanto, deve ser tratada pelos governos como investimento e não como despesa.
No caso de Minas, Zema já declarou que seu projeto é privatizar o ensino. Ou seja, aquilo que é dever do Estado será entregue à iniciativa privada.
Em meio ao desmonte, o governo Temer implantou e Bolsonaro manteve: o congelamento dos investimentos em Educação, Saúde e infraestrutura por 20 anos, além da redução das verbas para as universidades e pesquisas.
A metodologia deles é precarizar para depois privatizar. Assim, seguem com essa perversa política, não apenas nessas áreas. As empresas estratégicas para Minas e para o Brasil, como Cemig, Copasa, Eletrobrás, Correios e Petrobrás, seguem na pauta desses “desgovernos” para a privatização.
A aliança Zema x Bolsonaro apresenta um futuro sombrio para todos nós. Em contrapartida, nós, cidadãos, devemos, enquanto pais, mães e alunos, nos juntar e fortalecer a luta dos professores e das professoras, por uma educação gratuita e de qualidade.
Vamos apoiar a Greve da Educação! Essa luta é a possibilidade de um futuro melhor para Minas e o país.
Ninguém solta a mão de ninguém, Quem Luta Educa e Não Vale Privatizar!
Por Jair Gomes Pereira Filho, diretor do Sindieletro na Regional Metropolitana