Acidentes do trabalho, sindicâncias, processos administrativos disciplinares e perseguições infundadas a trabalhadores e trabalhadoras desenham o quadro funesto da passagem de Reynaldo Passanezi pela direção da Cemig, indicada pelo governador Romeu Zema.
O acidente de Gabriel Luciano foi o desfecho de uma tragédia anunciada. A prática de ocultar acidentes graves, os obstáculos colocados para a participação das representações sindicais na análise dos acidentes e a reiterada intenção de culpar os acidentados pelos acidentes ocorridos, sem considerar adequadamente os aspectos do processo de trabalho e das práticas gerenciais sobre os riscos inerentes à atividade da empresa, apontam que, na verdade, a atual gestão da Cemig não trata a segurança de seus trabalhadores e trabalhadoras como um valor a ser perseguido.
Nunca em sua história aquela que foi um dia nomeada como “A melhor Energia do Brasil“ foi tão vilipendiada em suas tradições. Se somarmos a esse quadro o calote da PLR, a tentativa de destruição do PSI da Cemig Saúde e os ataques à Forluz, temos a completa receita da gestão Zema para o trato com os trabalhadores e trabalhadoras a serviço do povo do Estado de Minas Gerais, cujo tempero é composto de desprezo, descaso e perseguição.
A empresa idealizada por Juscelino Kubitschek para ser um vetor de desenvolvimento do Estado de Minas Gerais é, hoje, nas mãos do governador Romeu Zema, uma mera arrecadadora de dividendos a distribuir para acionistas, passando seu rolo compressor sobre quem se coloca em seu caminho.
A categoria eletricitária sabe o tamanho do desafio, e certamente a reação será intensa. A despeito das ameaças de assédio moral e perseguições, os eletricitários e eletricitárias vão demonstrar que, quando se trata de defender a própria vida e a dos companheiros e companheiras, essa categoria que construiu a maior empresa integrada de energia elétrica do Brasil também vai arregaçar as mangas, calçar a botina e construir uma Cemig livre de acidentes, de perseguições e, principalmente, livre dos membros da gestão da empresa que não foram capazes de compreender a verdadeira missão da Cemig.
Gabriel Luciano, presente!
Gabriel Luciano, presente!
Gabriel Luciano, presente!
Cemig: esse “trem” é Nosso!