Por que a Cemig excluiu a participação dos sindicatos no workshop sobre a linha viva?
Na sétima reunião do grupo do Pacto de Saúde e Segurança, que aconteceu no último dia 11, na sede da Cemig, o Sindieletro defendeu a importância das entidades sindicais participarem do workshop sobre a linha viva. Mas, a Cemig desconsiderou os argumentos e realizou o evento, na última quarta e quinta-feira, s (25 e 26), na Escolinha de Sete Lagoas, sem a participação dos sindicatos. O Sindieletro repudia a atitude da Cemig e considera que sua presença seria essencial, já que muitas das propostas feitas no grupo do Pacto seriam discutidas no workshop.
Definições da última reunião do grupo
No encontro do dia 11 foram apresentados os prazos para os encaminhamentos das mais de 40 ações para a melhoria das condições de saúde e segurança na linha viva, identificadas pelos trabalhadores. Esses prazos foram acertados com os gerentes de cada área envolvida nas ações.
No dia 15 de julho, o grupo vai se reunir com o superintendente de RH, Wagner Delgado, para tratar do início do planejamento das ações sobre o processo de trabalho dos terceirizados.
Na próxima reunião do Pacto, nos dias 16 e 17 de julho, na Escolinha de Sete Lagoas (Univercemig), serão apresentados em detalhes os encaminhamentos propostos. Participarão os eletricistas representantes de todas as equipes de linha viva, os gerentes de áreas afins, supervisores e técnicos.
Duas ações
Além das mais de 40 ações definidas pelo grupo do Pacto pela melhoria do processo de trabalho na linha viva, duas são fundamentais para os eletricitários: a realização de estudos ergonômicos sobre o trabalho da linha viva e a promoção de um seminário de Saúde do Trabalhador.
Os estudos ergonômicos vão avaliar todo o processo de trabalho dos eletricistas, considerando os aspectos físicos e mentais das atividades em linha viva. Dessa avaliação sairão mais propostas para melhorar o processo de trabalho. Serão abordados, por exemplo, a postura do trabalhador, o tempo que ele fica exposto ao sol, à chuva, o número de equipes envolvidas no trabalho, sua jornada, a produtividade que lhe é exigida, as tensões que ele está sujeito, entre outras abordagens.
Já o seminário de Saúde do Trabalhador será uma grande oportunidade para se debater os conceitos de saúde e segurança, do ponto de vista dos estudiosos da área, em suas várias escolas teóricas e práticas. O evento deverá ocorrer entre agosto e setembro e contará com a participação de eletricistas do quadro próprio e os terceirizados.
Ações colocadas em prática
Algumas medidas levantadas pelos eletricistas de linha viva já estão sendo implantadas, como por exemplo, a adequação do protetor solar, que, há muito tempo vinha sendo questionado pelos trabalhadores, pela ineficiência do produto oferecido pela Cemig. Outra ação em andamento refere-se ao curso de formação de eletricistas de linha viva que terá melhoria na carga horária e no treinamento para a execução das tarefas.
Já a não implementação da dupla de linha viva ainda não foi pactuado. O Sindieletro reafirma que é contra a medida e, que se ela for adotada pela Cemig, provocará danos à saúde dos trabalhadores, além de expor os eletricistas a riscos de acidentes.