Como noticiamos na última semana, na terça-feira (27) a Cemig apresentou uma proposta para a “resolução dos custos pós-emprego” na Cemig Saúde. Segundo a gestão, os custos são “economicamente insustentáveis, pois há um aumento exponencial”. Já esperávamos uma proposição maldosa e prejudicial aos trabalhadores, e não foi diferente: pela proposta da empresa, os aposentados serão excluídos e os ativos terão diversas perdas, com pegadinhas para o futuro.
Basicamente, a proposta determina a redução do plano atual para um pacote básico, com enfermaria e cobertura mínima. Os que já estão aposentados não podem ser desligados por lei, mas vão sofrer para pagar: a gestão intenciona deixar de arcar com sua participação e obrigar os aposentados a pagarem todo o plano.
É importante salientar que o valor pago pela Cemig ao plano dos aposentados atualmente é por volta de R$870 para a família. Ter que arcar com esse valor além do que já paga pode fazer vários aposentados abandonarem o plano.
O pacote de maldades da gestão prevê exatamente isso: prejudicar os participantes, com pegadinhas e truques, além de dividir. A condição de mutualidade entre ativos e aposentados é a tônica desde a criação da Cemig Saúde, e essas medidas criarão um racha na categoria.