Operação Carne Fraca mostra erros da PF, MP e Judiciário



Operação Carne Fraca mostra erros da PF, MP e Judiciário

O balanço de uma semana da Operação Carne Fraca deixa evidente que um caso de corrupção de fiscais por empresas foi transformado numa questão de saúde pública por erro da Polícia Federal em geral e do delegado Maurício Moscardi Filho em particular.

É fato que políticos insatisfeitos com a Lava Jato viram uma oportunidade em equívocos da Carne Fraca para fazer queixas em relação às investigações. Mas a Lava Jato está cheia de excessos e abusos de autoridade. Isso é ruim para a própria investigação.

E não adianta culpar os políticos por erros que foram cometidos por policiais, procuradores e o juiz Sergio Moro. É necessário espírito crítico em relação aos políticos e empresários corruptos, mas também em relação aos aplicadores da lei.

Nesse contexto, voltando à Carne Fraca, o que houve nessa operação foi um tom de espetáculo preparado com espírito de marketing. A ação aconteceu exatamente no aniversário de três anos da Lava Jato. Houve enfoque na qualidade da carne de modo a causar forte impacto. Causou.

Causou tanto que vai prejudicar as exportações do Brasil, vai afetar a geração de empregos e levou desconfiança aos brasileiros de modo geral.

É fundamental dar segurança à população sobre a qualidade dos produtos que ela consome. Mas é óbvio que a forma como a operação foi executada e divulgada trouxe prejuízo ao Brasil. Houve um efeito global.

O combate à corrupção é fundamental. Criticar erros de quem investiga ajuda a melhorar a qualidade das apurações. A Carne Fraca expôs de maneira mais nua e crua esse pendor pelos holofotes que tem seduzido policiais, procuradores e magistrados de todas as instâncias.

Fonte: Blog do Kennedy

Meta de inflação deve cair em 2019

Em entrevista ao SBT, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o mercado já precificou a nova lista de Janot e que não deverá haver mais incerteza ou prejuízo econômico quando o ministro do STF Edson Fachin quebrar sigilo das delações da Odebrecht.

Ele afirmou que haverá correção da tabela do IR das Pessoas Físicas, mas apenas para a declaração de 2018. Neste ano, as declarações vão ser feitas de acordo com a atual tabela, que cobra imposto de quem ganha acima de R$ 1.903,98. Para cumprir a meta fiscal deste ano, ele confirmou que vai aumentar impostos, como PIS-Cofins, e que deve cortar desonerações feitas no governo Dilma Rousseff. Segundo ele, essas desonerações não geraram emprego e contribuem para o deficit fiscal.

O ministro afirmou que é possível reduzir meta de inflação para 2019. Hoje o centro da meta é de 4,5% ao ano, com intervalo de variação de um ponto percentual e meio para cima ou para baixo. Com a queda da inflação, é uma medida correta reduzir a meta em junho. Nesse mês, haverá reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional), que tem de fixar a meta de inflação com dois anos de antecedência.

Uma informação importante e de interesse dos trabalhadores é que Meirelles acha preferível fixar a responsabilidade solidária no lugar da responsabilidade subsidiária na legislação sobre terceirização que o governo vai deixar de pé após analisar o que vetará do projeto já aprovado na Câmara e da proposta que será votada no Senado. Isso dá mais segurança aos trabalhadores de que as obrigações trabalhistas e previdenciárias serão respeitadas.

O ministro também afirmou que o povo vai sentir a volta do crescimento econômico no segundo semestre e que seria uma honra ser candidato à presidente. Mas aí desconversou, dizendo que qualquer função pública é honrosa. Ou seja, deu resposta de candidato.

Ouça o comentário no “Jornal da CBN”:

item-0
item-1
item-2
item-3