A queda de uma árvore sobre a rede elétrica no último dia 18 provocou um grande incêndio que destruiu nove veículos. O acidente aconteceu na rua São Paulo, bairro Lourdes, na região Centro Sul de Belo Horizonte.
O Sindieletro apurou que o sistema de proteção da rede não atuou como deveria, ou seja, ao tocar o solo ela teria que se desligar imediatamente. Mas, como isso não ocorreu, o sistema não identificou o problema e a rede continuou energizada, provocando curtos circuitos sucessivos.
O acidente merece atenção e deve ser devidamente esclarecido pela Cemig, uma vez que colocou a vida de pessoas em risco e poderia ter consequências graves, até fatais.
INFORMAÇÕES DESATUALIZADAS PROVOCARAM ATRASO NO COMBATE AO FOGO
A árvore atingiu primeiramente dois carros que se incendiaram. O fogo poderia ter sido contido pelos Bombeiros rapidamente, mas como o sistema de proteção da rede não atuou, o fogo acabou atingindo outros sete veículos.
O Sindieletro apurou também que os Bombeiros tiveram que entrar em contato com COD para desligar a rede. Mas,como o Gemine- programa que apresenta um mapa de toda a rede elétrica da Cemig- está desatualizado, os operadores do COD não tinham a certeza de que haviam desligado a rede correta.
Redução do quadro da Cemig pode explicar
Enquanto o fogo consumia os veículos, os bombeiros não puderam atuar até que uma equipe da Cemig chegasse ao local.
Como a empresa não tem mais trabalhadores para atuar nas emergências, e houve o fechamento da base operacional na rua Itambé, o COD acionou duas equipes, uma do São Gabriel e outra do Anel Rodoviário para atender a ocorrência. No entanto, ambas ficaram presas no trânsito, o que resultou na demora de cerca de uma hora para chegar ao local e desligar a rede manualmente.
Exemplo
Um dia após o acidente que poderia ter consequências gravíssimas, a Prefeitura de Belo Horizonte anunciou mudanças para atender com mais agilidade pedidos de corte e podas de árvore.
Para o Sindieletro, a Cemig deveria seguir o exemplo da Prefeitura e mudar a lógica de redução de custos com enxugamento do quadro de trabalhadores. Ao invés de terceirizar, a empresa deveria experimentar contratar mais eletricistas, reabrir e ampliar as bases operacionais, investir na manutenção preventiva para prestar um excelente serviço para os consumidores de energia elétrica.