O plano de lutas do VII Encontro dos Comitês e Movimentos Populares e Sindicais de Minas Gerais



O plano de lutas do VII Encontro dos Comitês e Movimentos Populares e Sindicais de Minas Gerais

Algumas ações definidas: defesa das estatais, retomada dos comitês populares e a campanha permanente Reconstruir o Brasil com Lula, derrotar Zema e devolver Minas ao povo

Quais as perspectivas e o plano de lutas definidos pelo VII Encontro dos Comitês e Movimentos Populares e Sindicais de Minas Gerais que serão conduzidos a partir de agora? O Encontro foi realizado nos dias 29 e 30 de abril, e 1° de maio, com a participação do Sindieletro. Viabilizado por uma construção coletiva, o evento contou com a participação de mais de 200 organizações dos movimentos sociais e sindicais no Estado, além de mandatos parlamentares afins com as lutas sociais e sindicais.

É a Ana Carolina Vasconcelos, da coordenação do Levante Popular da Juventude e do Movimento Brasil Popular (MBP) que esclarece sobre os desafios e a concretização do plano de lutas aprovado no Encontro.

“O objetivo central do Encontro foi traçar as tarefas da luta contra o projeto neoliberal e autoritário do governo de Minas, sob o comando de Romeu Zema. Tivemos o momento de leitura coletiva, sobre a conjuntura do Estado e do Brasil, e momento de debates temáticos, em setores como os da educação, saúde, mineração, defesa das estatais, moradias, combate à fome e meio ambiente. Buscamos compreender, dentro desses setores da sociedade, quais as contradições colocadas pelo governo Zema e quais as perspectivas de lutas, ou seja, nossas possibilidades de atuação para construir a resistência a partir dessas temáticas”, destacou.

Ela acrescentou que outro objetivo foi o de construir um processo mais prolongado de lutas para o próximo período, com uma campanha permanente contra o projeto neoliberal do governo Zema.

Retomar comitês populares

Uma das tarefas fundamentais do plano de lutas e já em andamento, de acordo com Ana Vasconcelos, é retomar, nos bairros, nas cidades, nos locais de trabalho, de moradias, de estudos, entre outros, a reconstrução dos comitês populares como ferramenta de aglutinação da militância e também das pessoas com disposição para a mobilização. “Essa é a síntese que a gente aponta, reconstruir os comitês populares, para os devidos debates e pensar as ações concretas de mobilizações”, enfatizou.

Outras ações do plano de lutas são: realizar tarefas de propaganda e comunicação sobre as lutas e cenários em municípios de Minas, com destaque para as contradições do governo Zema; reuniões com lideranças para leituras coletivas sobre a realidade da cidade; analisar e pensar tarefas específicas para cada município e como os comitês podem se movimentar para essas tarefas.

As mobilizações nas cidades são o primeiro passo dos comitês populares, pois, conforme Ana, vai-se avançar para a organização em articulações regionais em Minas. “Vamos começar pelas regiões de todo o Estado, Sul, Norte, Sudeste, Leste, Oeste, Zona da Mata, Jequitinhonha, entre outras, para unificarmos as articulações; a orientação é que façamos plenárias e intercâmbios entre as lideranças para organizarmos as lutas”, destacou.

Novo encontro em agosto, campanha permanente

A programação definida para o próximo período inclui também a realização do VIII Encontro dos Comitês e Movimentos Populares em agosto próximo. “A intenção é realizarmos um balanço do plano de lutas retirado no VII Encontro; e garantirmos um momento de formação de formadores. Um momento em que reforçaremos para cada militante a necessidade de se apropriar das contradições do governo Zema de forma a fortalecer as lutas em seu setor de atuação. Que o militante da saúde compreenda melhor as contradições do Zema na saúde, os da educação compreendam melhor as contradições nessa área, e os de defesa das estatais, também, por aí”, revelou.

Organização das Mulheres e o Grito dos Excluídos

O VII Encontro também garantiu o momento da auto-organização das mulheres com ações para o próximo período. Elas contaram com uma mesa específica de debates, apontando que são as mulheres as mais atingidas em vários cenários da conjuntura nacional e estadual, como o desemprego, a desigualdade salarial, a violência de gênero e a falta de políticas públicas do governo Zema. “O plano de lutas das mulheres será um processo de retomada da auto-organização feminista”, afirmou.

 

 

 

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