O plano de desidratação está em voga há tempos

Durante a EletroLive, o conselheiro eleito, William Franklin, lembrou que as intenções da patrocinadora, colocadas através de seus representantes, já estão em vigor há muito tempo. O ataque recente é só mais um passo: “Procuram alterar a estrutura do plano, mudar a gama de benefícios que existem no plano. Os representantes da patrocinadora são vinculados, em grande parte, à área financeira da Cemig. A estrutura dentro do Conselho é moldada para criar uma área de debate. É uma busca incessante para desidratar o plano”, explica.

Após a eleição dos Conselhos Fiscal e Deliberativo, em 2020, o difícil acesso aos documentos e atas reafirmou a política sigilosa e escusa que acontece na Cemig Saúde nos últimos tempos. Contrariando a legislação, que garante o princípio fundamental da transparência, o plano vem omitindo e manipulando informações — diversas decisões só foram informadas aos participantes depois de decididas, deixando pouco espaço para o debate.

Ao tomarem posse, em julho de 2020, os novos conselheiros se surpreenderam com as mudanças que a gestão anterior autorizou: restrições nos reembolsos de diversos exames de saúde, óculos e remédios; demissões de atendentes no interior; remuneração do diretor de Relações com os Participantes (DRP) que for aposentado através de recursos próprios do plano de saúde; e a redução no reembolso de medicamentos, permitindo apenas genéricos.

Outra perda aconteceu logo após o anúncio da proposta que exclui os aposentados: a Cemig cancelou a palestra Plano de Saúde Integrado, que aconteceria no dia 3 de maio, dentro da tradicional programação do Seminário PPA – Preparação para a Aposentadoria.

É outra decisão que demonstra a arbitrariedade da gestão, que já está atuando para implementar o maior ataque já feito à Cemig Saúde, conquistada pelos ativos e aposentados com muita luta. É mais um dos ataques perpetrados em consonância com a política privatista do governo estadual.