A cada passo, uma pedra é superada. As patrocinadoras, com destaque para a Cemig e seus tentáculos – a diretoria executiva da Cemig Saúde, encabeçada por Anderson Ferreira, e seus conselheiros indicados, destacando entre eles Bruno Viana, figura conhecida nas negociações com os trabalhadores que não esconde seus desejos de esfolar os direitos da categoria em prol do aumento da riqueza dos seus mandantes – investiram mais uma vez contra a perenidade da Cemig Saúde.
A missão desses mandatários é fazer gestão dentro da operadora em função de benefícios financeiros para as patrocinadoras. Um verdadeiro desvio dos objetivos que deveriam nortear uma boa gestão. Que tipo de gestor acata projetos que vão diminuir as receitas do seu negócio e podem transformar uma situação financeira confortável e equilibrada em algo imprevisível?
De forma dependente e quase umbilical com as patrocinadoras, esses gestores que ocupam altos cargos de confiança agem em quase total subordinação às vontades dos interesses das patrocinadoras; estas que têm como objetivo único a supressão de despesas, a fim de aumentar o lucro dos seus acionistas.
Por trás do desejo quase irrefreável de se implementar os novos planos, a gestão da Cemig Saúde segue submissa às vontades da gestão da Cemig, que mesmo indiciada pela CPI da ALMG está impune pelas irregularidades cometidas e em atividade na empresa.
Na reunião desta segunda-feira (30), a proposta dos novos planos não teve êxito novamente, pois o objetivo da Cemig é utilizar esse artifício para retirar o custeamento obrigatório e assumido em acordo com os trabalhadores aposentados, além de precarizar o plano oferecido aos ativos. Enquanto faz um discurso eivado de mentiras e dissimulações, a gestão Zema na Cemig demonstra, por meio dos atos dos seus gestores, os verdadeiros objetivos: passar o custeio do plano saúde para os assistidos independentemente de sua capacidade de arcar com os custos.
O PSI é um bem para a vida toda de muitos trabalhadores que o conquistaram. O objetivo da gestão Zema é transferir a maior quantidade de riquezas possível dentro do período em que estão no poder, pouco se importando com o futuro das pessoas que ficarão desamparadas.
Neste momento, o enfrentamento deve ser coletivo, por toda a categoria. A Cemig não vai parar por aí e certamente já está se preparando para novo golpe. Ela sabe da fragilidade jurídica das modificações estatutárias recém-implementadas de forma irregular, mas legalidade e cumprimento de acordos não é premissa para essa gestão. O Sindieletro e entidades parceiras já estão agindo no campo jurídico. Agora é o momento da categoria arregaçar as mangas!
O ato de renúncia de parte dos conselheiros poderia acarretar uma decisão favorável aos pleitos das patrocinadoras já neste momento. Porém, nesta reunião, o fato não se consumou. O indevido voto de minerva recém-criado, além das irregularidades instituidoras que carrega, ainda está cerceado pela própria regra que o disciplina, sendo necessária uma próxima reunião para sua tentativa.
O Sindieletro ressalta, mais uma vez, a necessidade de uma unidade plena para enfrentar os nossos verdadeiros inimigos. O respeito às orientações das assessorias técnicas é imprescindível neste momento! Não podemos fechar os olhos para o debate coletivo qualificado e transparente. Esse não é o momento de valorizar estratégias que dividem, confundem e divergem do nosso principal objetivo: defender o bem coletivo daqueles que confiam em nossa representação.