O Governo Federal indicou, na quarta-feira (6), o ex-secretário de Minas e Energia José Mauro Ferreira Coelho para a presidência da Petrobras. Ele ainda precisa ser aprovado pela assembleia do Conselho da estatal, que será na próxima quarta-feira (13), para ocupar oficialmente o cargo.
José Mauro Coelho foi secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, entre 2020 e outubro de 2021, durante o governo de Jair Bolsonaro, quando pediu demissão “para assumir novos desafios na iniciativa privada”. À época, a pasta sofria pressões de caminhoneiros por causa da alta dos combustíveis.
Pouco antes de pedir demissão, em outubro de 2021, em entrevista à TV Brasil, Coelho defendeu a prática da paridade de preços internacionais para os combustíveis no Brasil.
"Temos que ter os preços no mercado doméstico relacionados aos preços de paridade de importação. Se assim não fosse, não teríamos nenhum agente econômico com aptidão ou com vontade de trazer derivados para o país", falou à época.
Perfil
No currículo, Coelho diz ter sido oficial de artilharia. No entanto, segundo reportagem do portal UOL, ele não fez carreira militar.
É bacharel em química industrial, mestre em Engenharia dos Materiais pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e doutor em Planejamento Energético pelo Programa de Planejamento Energético (PPE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A carreira pública de Coelho teve início em 2016, na Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal responsável pelo planejamento do setor, de onde saiu em 2020, após ocupar o cargo de diretor de Estudos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis.
Atualmente, ele ocupa o cargo de presidente do conselho de administração da Pré-Sal Petróleo SA (PPSA), estatal responsável por representar o governo nos contratos de partilha da produção do pré-sal, que dão à União parte do petróleo extraído.
Coelho também escreveu três livros sobre o setor de petróleo, com foco nos segmentos de refino e distribuição de petróleo e gás natural.
Fonte: Brasil de Fato (MG), por Thayná Schuquel