Nova investida contra a Cemig Saúde nesta semana



Nova investida contra a Cemig Saúde nesta semana

Todas as estratégias, das mais autoritárias até as mais rasas e persuasivas, estão sendo adotadas pela gestão da Cemig para causar prejuízos aos trabalhadores da ativa e aposentados em relação ao plano de saúde. A investida mais contundente da gestão da Cemig começou no mês de abril de 2021: uma proposta extremista que expulsaria grande parte dos atuais beneficiários do plano por impossibilidade de arcar com os custos financeiros majorados por ela. Além disso, haveria uma diminuição da qualidade dos serviços ofertados  perda de benefícios já consolidados, como reembolso de medicamentos, FCAS, dentre outros.  

De forma unilateral e sem dialogar com as entidades representantes dos trabalhadores, a gestão da Cemig construiu, baseando-se em argumentos infundados, propostas de novos planos nos quais a empresa ignora compromissos firmados no passado e joga toda a conta para os beneficiários pagarem. Tudo isso a fim de aumentar os lucros para os acionistas e tornar a Cemig mais atrativa ao mercado. 

Como não poderia ser diferente, as entidades representantes dos trabalhadores repudiaram a falta de respeito da empresa e exigiram que houvesse uma negociação de verdade, onde fosse construída uma solução para o problema do chamado “custo pós-trabalho” — para nós, direitos dos aposentados  tão alardeado pela gestão da Cemig para justificar um possível calote em obrigações financeiras já assumidas.  

 

Ataques no âmbito judicial 

Indiferente à necessidade de uma negociação verdadeira, a gestão da Cemig foi ao Judiciário para legitimar e oficializar seu ataque ao direito à saúde dos ativos e aposentados. Tendo seu pleito negado inicialmente, a gestão Zema persiste em encontrar meios que lhe sejam suficientes para implementar suas maldades. Portanto, no final de dezembro de 2021, a gestão da Cemig foi ao STF tentar receber consentimento para retirar o plano de saúde. 

A manobra foi frustrada graças à ação rápida do jurídico do Sindieletro e do mandato do deputado federal Rogério Correia (PT). Mas a pressão continuou. No dia 30 de dezembro de 2021, a gestão da Cemig comunicou à categoria que colocaria mais um instrumento jurídico em ação, fazendo a chamada “Denúncia do plano de saúde”. O objetivo era aterrorizar e amedrontar a categoria, fortalecendo sua estratégia jurídica. 

A gestão da empresa sabe que precisa concluir suas maldades rapidamente para não permitir que a categoria e os beneficiários assistidos do plano tenham plena consciência do que está proposto. Para que não entendam a amplitude do prejuízo que lhes será causado, tampouco a perversidade de quem gere a Cemig a mando do governador Romeu Zema. Neste sentido, a empresa usa todos os instrumentos que entende ter à disposição.  

 

Nova investida nesta semana 

Neste momento, há uma tentativa de uso da estrutura da Cemig Saúde. A ideia é burlar a linha natural de construção de uma proposta de Acordo com as entidades representativas dos trabalhadores e assistidos e forçar uma alteração nas regras do plano oferecido pela Cemig Saúde por meio de uma aprovação via Conselho Deliberativo, instância máxima de decisão no âmbito da autogestão da Cemig Saúde.  

Para isso, foi solicitada uma reunião extraordinária na próxima quinta-feira (6), sem a mínima possibilidade de um debate qualificado com os órgãos deliberativos. Dessa maneira, fica comprometida a formação natural das decisões defendidas pelo Sindieletro: a realização de um debate amplo com a categoria, a fim de construirmos uma solução coletiva, com a participação de todos os afetados por tais atos, num processo transparente e democrático.  

O Sindieletro repudia as tentativas covardes da gestão da Cemig de persuadir os beneficiários da Cemig Saúde. Condenamos o uso da estrutura da operadora para atacar a saúde futura do próprio plano administrado por ela, bem como a prática de atos pela gestão da Cemig e seus indicados que contrariam o Acordo Coletivo Específico da Cemig Saúde, o seu estatuto e demais regramentos internos.  

Lamentamos a vergonhosa postura adotada pela atual gestão da empresa, que nunca antes, nos quase 70 anos de existência da Cemig, atuou de maneira tão desrespeitosa, descompromissada com a transparência e os princípios democráticos.  

A categoria eletricitária não permitirá tamanho ataque aos direitos e conquistas de ativos e aposentados. O Sindieletro está pronto para construir o enfrentamento em todas as direções e derrotar esta gestão extremista. A manutenção do plano de saúde é de responsabilidade da gestão da empresa para tratar, também, os efeitos da vida de trabalho, principalmente aos que já se aposentaram. Não vamos permitir que a gestão Zema na Cemig tire seu custeio do plano, se isentando desta responsabilidade para enfiar dinheiro no bolso dos acionistas e fortalecer o projeto privatista de Zema. 

 

#ForaPassanezi #ForaZema 

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