O Conselho Deliberativo do Sindieletro manifesta seu repúdio à atitude machista, misógina e desrespeitosa, do deputado estadual Coronel Sandro (PSL), que na quinta-feira, 21, mandou que a presidenta da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa, deputada Beatriz Cerqueira (PT), ficasse “caladinha” enquanto ele falava.
O episódio aconteceu durante a 1ª Reunião Extraordinária da Comissão na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Diante da truculência e do desrespeito do deputado do PSL, Beatriz Cerqueira decidiu suspender as atividades do dia.
Após a confusão, a parlamentar recebeu manifestações de apoio e solidariedade de diversas entidades e figuras públicas, além de deputadas e deputados de vários partidos que se mostraram perplexos com a atitude do Deputado Coronel Sandro.
No plenário, Beatriz Cerqueira fez questão de se posicionar. Momentos após o ocorrido, a deputada afirmou: “Nenhum homem, de patente ou sem patente, tem o direito de dizer que uma mulher tem que se calar”.
Para o Sindieletro, é inadmissível que uma figura pública se dirija a uma mulher, parlamentar e presidenta de uma Comissão, da forma como fez o Dep. Coronel Sandro. Sobretudo, se o ambiente do ataque for uma Casa Legislativa.
Ataques machistas e truculentos, como o registrado nesta quinta-feira, ferem o espírito democrático e são sintomáticos: a apenas alguns dias do “8 de Março”, reforçam a importância do debate sobre o direito das mulheres na nossa sociedade.
O Conselho Deliberativo do Sindieletro se solidariza com a deputada Beatriz Cerqueira e, em conjunto com outras entidades e parlamentares, cobra providências da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Direção do Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais
Sindieletro-MG
Foto: Guilherme Santos/Sul21