Três palavras definem bem a postura da diretoria da Cemig nas negociações até agora: intransigência, irresponsabilidade e desrespeito. A empresa, que dizia prezar o diálogo e a transparência, está manchando a negociação do nosso Acordo com tentativas esdrúxulas de enrolar, atrasar, dissimular e dividir os trabalhadores. Só que a categoria não cai nessa!
Ancorados no apoio e na força dos(as)eletricitários(as), permanecemos firmes na defesa do nosso ACT, mesmo diante de uma negociação realizada no modelo “cabo de guerra”, em que a direção da empresa tenta, a todo o momento, desconstruir premissas, antagonizar pautas e até a luta dos trabalhadores. Não mudaram em nada os métodos da gestão anterior.
Com isso, a cada desrespeito aos eletricitários (as), torna-se de fato antagônica a ética que a Cemig tanto propaga e exige. Uma ética que pouco importa quando atacam o direito e as conquistas da nossa categoriapara garantir a permanência de uma gestão que não corrige os erros do passado, dá guarida a práticas que adoecem, mutilam e matam trabalhadores e ampliam a injustiça e os privilégios.
Na negociação, a diretoria e o Comitê da Cemig desconsideram a pauta dos eletricitários e trabalham exclusivamente com as premissas da empresa. Exemplo: na reunião da última segunda-feira, dia 28, o debate não refletiu absolutamente nada do que foi conversado com o diretor e o presidente da Cemig, com o governador e os secretários de Estado, no último dia 23, quando fechamos a Itambé.
Pontos que foram “pacificados” em reuniões anteriores e ratificados na reunião, como o ACT único das SPE’s e a compensação dos dias de greve, foram tratados pelos representantes da empresa como se nenhuma conversa tivesse sido feita até hoje!
Das duas, uma: ou Pimentel está sendo ignorado dentro da própria Cemig, ou também está por trás da irresponsabilidade da empresa na negociação do nosso Acordo. No entanto, para os trabalhadores pouco importa se falta comando de um ou de outro, pois não barganhamos nossos direitos e nossas conquistas com ninguém!
Se a direção da Cemig e o governo se mantiverem indiferentes aos compromissos assumidos junto aos eletricitários e, com isso, confirmando sua incompetência em fazer as mudanças na gestão da empresa, os trabalhadores não se furtarão em construir com a luta uma outa Cemig que seja de fato ética, transparente e responsável.
Por isso, apesar de simples, nosso recado deve ser repetido a todo instante para esta gestão: se insistirem na premissa irresponsável de tentar retirar nossos direitos a qualquer custo, responderemos à altura e da forma como essa categoria forjou sua história: com muita luta!
A mobilização realizada no prédio da Itambé na semana passada é um exemplo do que podemos conquistar com a nossa organização.
Eletricitários e eletricitárias, permaneçam mobilizados e ligados nos acontecimentos dos próximos dias, pois, nossos direitos, ninguém retira!