O Sindieletro está realizando mais uma rodada de reuniões setoriais, em todo o Estado, para informes e debate com os eletricitários sobre as negociações visando a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT 2015/2016).
Na região Metropolitana de Belo Horizonte, ocorreram, nesta terça-feira, pela manhã, setoriais na Cemig do Anel Rodoviário e da Itambé.
Na Itambé, o coordenador geral do Sindieletro, Jefferson Silva, destacou que chegou a hora de conquistar. Ele lembrou do passado dos últimos 12 anos, período em que não aconteceram negociações de fato e a gestão anterior da empresa impôs perdas. Mas, disse, para avançar e fechar um ACT com avanços será preciso a participação ampla da categoria.
Jefferson Silva também ressaltou que na campanha deste ano o Sindieletro cobrou que o modelo de mesa de negociações seja mudado para se garantir autonomia dos negociadores da Cemig e que a estatal forneça para o Sindicato todos os dados necessários para que os debates ocorram com transparência.
Já o coordenador da Regional Metalúrgica do Sindieletro, Ronei Cardoso da Cunha, afirmou que a campanha salarial dos eletricitários traz alguns desafios de lutas, entre eles, a solução de todas as demandas que se acumularam nos últimos 12 anos. “A categoria, mais uma vez, terá que estar junta na luta. Não podemos esperar para conquistar, temos que correr atrás. Agora, temos espaço para avançar, mas sairemos vitoriosos se lutarmos todos juntos”, afirmou.
O cancelamento da segunda reunião de negociação, pela Cemig, que deveria ocorrer nesta terça, também foi conversado com os trabalhadores. Segundo Jefferson Silva, desmarcar a reunião foi ruim e traz insegurança para a categoria, mas o Sindieletro já cobrou da Cemig que nova negociação seja marcada o mais urgente e que responda logo a proposta do Sindicato para a prorrogação da data-base da categoria.
Anel Rodoviário
No Anel Rodoviário, o diretor do Sindieletro, Marcelo Correia, destacou que a hora de conseguir um bom acordo é agora. "Vamos entrar de cabeça e de coração na luta por mudanças na Cemig".
Marcelo questionou que o discurso da Cemig de terra arrasada é meia verdade, não existe crise de energia, a empresa teve lucro de 2 bilhões de reais no primeiro trimestre. A gestão passada arrochou os salários dos eletricitários em troca da PLR.
Foi lembrado também que a primarização é uma das principais reivindicações da categoria e compromisso do governador. "É o nosso futuro que está em jogo. Não entrar trabalhadores compromete toda a empresa, compromete nossas conquistas. Por exemplo, afeta o plano de saúde e a Forluz. Está em jogo o nosso futuro, não só a nossa pauta. È hora de lutar para conquistar, vamos entrar de cabeça nessa campanha e colocar o coração nessa briga. A empresa só vai se mexer se nós nos mexermos. Não temos nada garantido, nem mesma a nossa data-base."