Na quarta-feira, dia 30, a direção do Sindieletro vai se reunir com a Cemig para tratar da PLR 2016, a partir das 15h30. Vamos defender a proposta dos trabalhadores para a Participação nos Lucros e Resultados, discutida e definida em dezenas de assembleias, em todo o Estado.
Na última reunião sobre a PLR com a Cemig foi em 02 de agosto. A empresa ignorou as nossas argumentações sobre indicadores e metas. O Sindieletro propôs que a discussão iniciasse pelos aspectos econômicos, e insistiu na proposta da categoria eletricitária: pagar de PLR 4% do lajida com o mínimo de distribuição no valor de R$150 milhões.
A Cemig vem afirmando que não sabe se vai assinar o ACT específico da PLR em 2017, insistindo que as metas têm que ser cumpridas primeiro. Mas o Sindicato sabe que pode, deve e e a partir da proposta dos trabalhadores.
Foram realizadas dezenas de assembléias com a categoria para debate e definição da proposta de Participação nos Lucros e Resultados.
Histórico do nosso debate
Nas assembleias realizadas de 26 a 30 de dezembro de 2016, 90% dos eletricitários, de toda base Cemig rejeitaram a proposta da empresa para a PLR de 2017.
A PLR paga em maio deste ano sofreu uma queda de aproximadamente 87% se comparada com a PLR paga em 2016. O montante foi reduzido de R$ 100 milhões para cerca de R$ 13 milhões.
Para a PLR de 2015 (paga em 2016), houve a garantia mínima de R$ 100 milhões.
Para o Sindieletro, a proposta de PLR da empresa é incoerente e imoral por apresentar um montante (4%) baseado no lucro e não no resultado operacional. A empresa tenta jogar para cima dos trabalhadores a culpa por operações realizadas no passado de compra de ativos que geraram prejuízos.
Os trabalhadores da Cemig foram os primeiros do setor elétrico brasileiro a conquistar um acordo de PLR. Isso foi em 1995 após greve fome com a participação de quatro diretores do Sindieletro.
Proposta aprovada pelos eletricitários
Defendemos a distribuição da PLR 2017 de forma linear, além de seis indicadores de metas, que representam as principais dimensões operacionais da empresa.
Pela nossa proposta, a definição de metas para cada indicador será negociada com a empresa. Também queremos negociar um adiantamento da PLR 2017 a ser pago no final deste ano.
Os indicadores que defendemos são: DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Consumidor); IPTD (Índice de Perdas Totais da Distribuição); IASC (Índice Aneel de Satisfação do Consumidor); EIRMGF (percentual de energia impactada pelo mecanismo de redução de garantia física que mede a disponibilidade das usinas para o sistema elétrico); IDT (Índice de Disponibilidade da Transmissão) e ITC (Índice de Transferência de Custos – mede a apuração de custos secundários, visando maior controle e economia de custos).
Para o Sindieletro, esses indicadores contemplam as principais dimensões operacionais da empresa, sendo que cinco deles podem ser acompanhados mensalmente, o que favorece o acompanhamento do acordo.
No entendimento do Sindieletro, os resultados da empresa refletem os esforços coletivos e, portanto, não podem ser entendidos meramente como um somatório dos esforços individuais ou de áreas específicas.
Nosso processo de trabalho é coletivo, interdependente e solidário. Por isso, para ter justiça na PLR, a distribuição dos lucros só pode ser linear.