Nós, diversos: A história de um Brasil quase sem pais



Nós, diversos: A história de um Brasil quase sem pais

A coluna “Nós, diversos” estreia  com o objetivo de trazer a público múltiplas vozes. Aqui o eletricitário à frente da Secretaria da Igualdade Racial fala. O representante da Secretaria LGBT fala também. E a responsável pela Secretaria da Mulher Trabalhadora fala,  e todos os leitores também falam. 

Vamos falar sobre nós, sobre as pessoas que conhecemos e sobre os desafios para uma vida onde todos tenham voz e direito a uma existência segura e respeitada.

O dia das mães e a história de um Brasil quase sem pais

A Secretaria da Mulher Trabalhadora assume a tarefa de debater e enfrentar as desigualdades sutis ou explícitas. A pasta é conduzida por mim, uma eletricitária
que, depois de cinco anos como eletricista e 15 como projetista das redes subterrâneas da Cemig, coordena a criação do Coletivo de Mulheres para ampliar as ações e debates sobre o machismo diário que as mulheres enfrentam na empresa e no mundo.

A Secretaria LGBT visa informar, orientar e apoiar a todos os envolvidos nesse grupo formado com base na diversidade da orientação e identidade sexual. O eletricitário Well Coelho lidera o trabalho que busca orientar aqueles que precisam de ajuda, devido ao preconceito, às dificuldades em se aceitaram
ou outras questões relacionadas.

Nosso objetivo é informar por meio de palestras e artigos que irão esclarecer o que é a condição LGBT de acordo com as mais recentes pesquisas científicas.
Da mesma forma, através da Secretaria de Igualdade Racial, o Sindieletro entra no debate sobre as políticas públicas e o desafio para a promoção da igualdade
racial, incentivando a construção de uma sociedade de homens e mulheres livres de quaisquer preconceitos. 

Os interessados em enviar pautas ou debater sobre esses assuntos poderão entrar em contato nos e-mails das secretarias (veja abaixo).

Nossa voz

Com a nossa estreia no mês que se comemora o Dia das Mães, não poderíamos deixar de falar da ligação direta entre a maternidade e a cultura machista que historicamente encobre o abandono paterno no Brasil.

Segundo o Censo 2010, em 37,3% dos domicílios do país as mulheres são as responsáveis pelo sustento da família. Desse total de lares mantidos por mulheres,
87% têm filhos ou enteados, mas não contam com a presença do cônjuge (seja marido ou companheiro). 

Segundo o mesmo levantamento, entre homens responsáveis pela família (62.7%), não chegam a 2% os que cuidam dos filhos sem a figura da mãe ou
madrasta em casa.

Outras pesquisas oficiais demonstram a força da presença feminina e da ausência paterna na educação dos filhos e indicam que as famílias no Brasil são cada
vez mais chefiadas por mulheres. Também há dados que indicam que as brasileiras empregadas dedicam mais tempo aos cuidados domésticos do que os homens desempregados.

Apesar de ser uma realidade de proporções assustadoras em nosso país, o abandono paterno se arrasta por séculos e é tratado de forma naturalizada. 

Mas, nós, mulheres, quebramos o pacto de silêncio-cúmplice e perguntamos: podemos conviver com a ausência dos pais como sendo um fato normal? Quais os efeitos sociais da falta de suporte às mulheres e avós que enfrentam essa sobrecarga? E às crianças e adolescentes? Como essa realidade social pode ser reconstruída? A sociedade brasileira e governos nos devem essas respostas.

Nossos E-mails:

secretariaraca@sindieletromg.org.br

secretarialgbt@sindieletromg.org.br

secretariamulher@sindieletromg.org.br

 

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