No Brasil, o Dia de Luta destaca "Fora Bolsonaro"



No Brasil, o Dia de Luta destaca

Esta sexta-feira (7) amanheceu com cartazes com pedidos de “Fora Bolsonaro” em Cuiabá, Mato Grosso, na zona sul do município de São Paulo, em Brasília e Alagoas. As ações fazem parte do Dia de Luta e de Luto, organizado pela Campanha de Solidariedade e do "Fora, Bolsonaro", das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e outros movimentos sociais. 

Além de pedir a saída de Jair Bolsonaro da Presidência da República, os movimentos destacam o número de mortos por covid-19 no Brasil, que chegará a 100 mil óbitos ainda neste fim de semana. Os cartazes trazem a frase “100 mil mortos, 100 mil motivos”, relacionando o número à postura negligente do capitão reformado diante da pandemia.

Também são esperadas manifestações e ações simbólicas, como a colocação de cartazes em Aracaju, Salvador, Feira de Santana, Fortaleza, Recife, Natal, São Luís, Maceió, Campo Grande Belém, Macapá, Distrito Federal, Goiânia, Belo Horizonte, Uberaba, Uberlândia, Vitória, Rio de Janeiro, Niterói, Carapicuíba, Campinas, Santo André, Diadema, Osasco, Baixada Santista, Vitória, Porto Alegre e Curitiba.

Ainda em São Paulo, o Sindicato Trabalhadores do Serviço Público Federal do Estado São Paulo (Sindsef-SP) realiza uma assembleia estadual para discutir o dia nacional de mobilização, teletrabalho e greve ambiental. O encontro será às 10h, pelo Google Meets e poderá ser acessado pelas redes e sites do sindicato.

Dia Nacional de Mobilização

Os movimentos também querem dialogar com a sociedade sobre a necessidade “de dar um basta à política genocida do governo Bolsonaro”.

"A política do governo Bolsonaro é de morte, atingindo principalmente os mais pobres e o povo negro. Precisamos nos levantar, pois nosso povo está morrendo de vírus e de fome”, aponta o comunicado das organizações populares sobre a mobilização.

Desemprego e desigualdade

A taxa de desocupação aumentou em 1,2% entre março e maio de 2020 em relação ao conjunto trimestral de meses anteriores, ou seja, de dezembro de 2019 a fevereiro deste ano. Isso significa que o desemprego atingiu o índice de 12,9% da população economicamente ativa, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada no dia 30 de junho.

“Enquanto isso, o ministro da economia, Paulo Guedes, só se preocupa em acabar com os direitos dos trabalhadores, privatizar o país e enriquecer os empresários e os bancos”, criticam as organizações. 

De acordo com o relatório Quem Paga a Conta? – Taxar a Riqueza para Enfrentar a Crise da Covid-19 na América Latina e Caribe, da Oxfam Brasil, divulgado no dia 27 de junho, os ricos ficaram mais ricos durante a pandemia de covid-19, entre março e junho deste ano. Mais especificamente, 42 bilionários do Brasil aumentaram suas fortunas em US$ 34 bilhões no período, o equivalente a aproximadamente R$ 177 bilhões.

Fonte: Brasil de Fato

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