O 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, iniciou com atos de mulheres em diversas cidades por vacina contra a covid-19 e renda básica, por meio do auxílio emergencial. Pelo Brasil, trabalhadoras protestaram também contra a fome e em defesa de moradia. As manifestações respeitaram protocolos de saúde e não promoveram aglomerações.
Cerca de 20 mulheres realizaram um ato em frente à empresa Camil, em Barra Bonita (SP), contra o aumento no preço do arroz (FOTO). Sob o lema “Mulheres pela vida, semeando resistência, contra a fome e as violências”, o ato fez parte da Jornada de Luta do 8 de Março do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).
O protesto criticou os interesses do agronegócio do Brasil. O país desfez o “estoque regulador”, ou seja, garantia o preço e acesso da população aos produtos, mesmo diante do aumento da demanda. Entretanto, com a pandemia, as empresas priorizam a exportação e, como exemplo disso, em um ano, as ações da empresa Camil subiram 92%.
Em Minas Gerais, no município de Governador Valadares, mulheres também ocuparam a BR-116 “pela vida, contra a fome, as violências e pela abertura imediata do hospital regional”. Elas também exigiram o retorno do auxílio emergencial e vacina para todas e todos.
Em Recife, as mulheres da Ocupação Carolina de Jesus também realizaram uma paralisação. Elas protestaram na BR-101 para reivindicar vacina para todo mundo, renda básica e moradia. “O Bolsonaro não está nem aí para os trabalhadores. Cadê o auxílio emergencial dos trabalhadores? As mulheres estão sobrecarregadas”, disse uma manifestante, durante o ato.
Todo o Brasil foi tomado por manifestações, algumas presenciais, com respeito ao protocolo sanitário, outras virtuais, com debates e atrações culturais. A CUT Minas, por exemplo, promoveu live sobre a violência contra as mulheres no trabalho e na vida.
Fonte: Rede Brasil Atual, com edição