Negra, mulher e da periferia ganha 1º ouro do Brasil



Negra, mulher e da periferia ganha 1º ouro do Brasil

Rafaela: 'Falaram que eu não servia para judô, que eu era uma vergonha para minha família'

A judoca brasileira Rafaela Silva, 24 anos, conquistou o primeiro ouro para o Brasil nos Jogos Olímpicos de 2016 na categoria leve (até 57 kg). A atleta derrotou a mongol Sumiya Dorjsuren, número um do mundo, na segunda-feira (8).

Rafaela Silva é carioca e nasceu na Cidade de Deus, favela conhecida do Rio de Janeiro e que fica a aproximadamente oito quilômetros da arena onde atingiu o ponto máximo da sua carreira.

Nas Olimpíadas de Londres em 2012, Rafaela sofreu com uma eliminação dramática. Após ser desclassificada por uma catada de perna ilegal sobre a húngara Hedvig Karakas, a judoca brasileira sofreu com ataques racistas no seu Twitter e foi chamada de “macaca” por seguidores. As ofensas abalaram Rafaela que chegou a cogitar abandonar o esporte.

Zenilda Silva, mãe da Rafaela, comentou mais cedo sobre as ofensas racistas que sua filha sofreu e sobre a emoção de disputar as Olimpíadas em casa. “Em Londres chamaram minha filha de macaca e agora estamos aqui”, disse.

Ao sair do tatame, Rafaela estava completamente emocionada e comentou a vitória para uma repórter do Sportv: “Falaram que eu não servia para judô, que eu era uma vergonha para minha família”.

Rafaela também já ganhou a medalha de ouro no Mundial de 2012, prata no Mundial de 2011 e bronze no Worls Masters de 2012.

Ela, como muitas atletas brasileiras e brasileiros, é beneficiada pelo Bolsa-Atleta, criado pelo governo Lula. Segundo Rafaela, Dilma incentivou bastante o apoio aos atletas brasileiros. "A gente tem o Bolsa-Atleta e para mim e meus companheiros a presidente fez muita diferença para a gente buscar nossos sonhos", disse.

Fonte: Rede Brasil Atual

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