Indignação!
EM DUAS HORAS DE REUNIÃO, MÁRCIO SERRANO (DGE) E RAUL LYCURGO (DJR) JOGARAM NA LATA DE LIXO MESES DE NEGOCIAÇÃO
Durante a reunião realizada no final da tarde de ontem, 19, com a presença dos diretores de Gestão Empresarial e do Jurídico da Cemig e o Sindieletro, os diretores, alegando dificuldades jurídicas, disseram, absurdamente, que não há mais proposta para pagar o retroativo dos 3%. Usando como pretexto as decisões de juízes de primeira instância, eles, simplesmente, jogaram por terra meses de negociação com os trabalhadores e o próprio entendimento da empresa, que apresentou a proposta de pagamento parcelado.
Na reunião, o Sindieletro destacou que, quando as decisões judiciais são favoráveis aos trabalhadores, a empresa descumpre e recorre, mas, por conveniência, quando são desfavoráveis, ela as utiliza como desculpa para não negociar.
Por mais de duas horas, o Sindieletro reforçou que apostou na negociação, acreditando que a Cemig agia de boa fé. Apresentamos vários ofícios e boletins com a palavra dada pela própria empresa, mostrando que não há impeditivo legal para a negociação. Faltava apenas a Cemig esclarecer a sua proposta e honrar o compromisso de pagar o retroativo para os trabalhadores. Mas a Cemig fez o contrário.
Saímos da reunião indignados e com a certeza de que a Cemig está traindo o processo de negociação. Nesse período todo, a empresa só enrolou, sem nunca apresentar uma proposta clara. O próprio diretor Raul Lycurgo pediu, em várias ocasiões, para que não buscasse a Justiça para receber o direito, e agora ele utiliza a Justiça como pretexto para sonegar o retroativo.
Nos últimos dias os eletricitários realizaram setoriais pesadas, temendo essa pernada da empresa. Esse episódio confirma nossas preocupações e não envolve apenas os 3%. Nossa indignação é com a falta de respeito, que vemos como um sinal de que essa gestão pode romper acordos e compromissos assumidos com os trabalhadores.
Não aceitaremos que a direção da Cemig mantenha essa postura hipócrita, de ter um discurso bonito, de diálogo e negociações transparentes, ao mesmo tempo em que adota uma prática vergonhosa de trair e desrespeitar a categoria.
Reforçamos a convocação para que cada trabalhador abrace de vez a mobilização e a luta para cobrar um direito que está sendo desrespeitado pela empresa.