Duas semanas depois da entrega da pauta de reivindicações dos eletricitários para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho 2015-16, está sendo realizada na manhã desta terça-feira, 20, a primeira reunião de negociação.
A expectativa geral é que a empresa negocie de fato a pauta que contém as necessidades mais urgentes dos eletricitários - como a primarização, aumento real, valorização com novo PCR e a melhoria das condições de saúde e segurança.
Vale destacar que desde 2014 os eletricitários estão sem aumento real e cobram a negociação das pendências no ACT, mas o diálogo não avança e as mesas temáticas não apresentam resultados concretos.
Portanto, é preciso ampliar a mobilização e, principalmente, ficar vigilantes com a postura da Cemig nesse processo de negociação.
Só queremos o que é justo
Antes mesmo de receber a pauta para o Acordo de 2015-16, a Cemig tem pintado um cenário difícil para a negociação. Mas não podemos esquecer que a empresa manteve o seu lucro no primeiro semestre deste ano esta entre as maiores distribuidoras do mundo.
A Cemig está no seleto grupo de 20% de empresas de energia que tiveram retorno sobre o capital investido e crescimento da receita duas vezes superior à média mundial, de 2011 e 2014. Para o economista da Subseção do Dieese no Sindieletro, Carlos Machado, os salários praticados no Brasil são muito baixos e a maioria das empresas já se adequou ao momento de crise e não há motivos para os trabalhadores não conseguirem aumento real.
Vamos resistir ao discurso de recessão e desemprego. Agora é hora de lutar e conquistar o que foi construído pela categoria em todos os anos de resistência e dedicação.
Além disso, a pauta dos trabalhadores exige conquistas salariais imediatas em função da produtividade medida nos últimos anos e, também, o debate sobre condições de trabalho, o que depende mais de vontade política do que de disponibilidade financeira. Cobramos o fim da terceirização, mudanças na gestão da empresa, a manutenção das concessões das usinas com a Cemig GT e muitos outros pontos que vão além de uma conjuntura financeira.
Fique ligado na luta. A nossa vitória depende da mobilização!
A mobilização da categoria será fundamental para o fechamento de um acordo coletivo que garanta primarização, valorização salarial e justiça na seleção interna, PCR, PLR e mais saúde e segurança.