Negociação do ACT 2023 evidencia desrespeito da gestão Zema em relação à categoria eletricitária



Negociação do ACT 2023 evidencia desrespeito da gestão Zema em relação à categoria eletricitária

Desde a entrega da pauta construída junto à categoria para o ACT 2023, no dia 22 de agosto, as cobranças para o início das negociações foram constantes por parte do Sindieletro. Mais de 40 dias depois, a gestão Zema na Cemig chamou para a primeira reunião. No entanto, a gestão da empresa mantém a postura inflexível e cínica adotada em outras negociação ao longo dos últimos anos. Negociação, nada. Enrolação, sim!

Na primeira reunião, no dia 5 de outubro, não houve nenhuma resposta à pauta. Os representantes da empresa se limitaram a realizar apenas uma conversa protocolar. Desde então, já percebemos que o interesse da gestão Zema é esgotar o período de negociações com enrolação, e deixar para apresentar uma proposta já próximo à data-base, pressionando para impor seus interesses à categoria.

A segunda reunião foi realizada virtualmente, no dia 9 de outubro. O tema da reunião foi saúde e segurança no trabalho, um dos pontos prioritários da nossa pauta. Na ocasião, o Sindieletro reportou a necessidade de constituição de um fórum deliberativo, previsto em ACT: nele seriam construídas medidas relativas à preservação da vida e saúde dos trabalhadores e das trabalhadoras. Essa comissão deve contemplar a ativa participação paritária de representantes da Cemig, sindicatos representantes da categoria com assessorias e trabalhadores e trabalhadoras da base. A gestão da Cemig ficou de avaliar o que foi discutido em mesa e nos responder.

Dois dias depois, a terceira reunião foi realizada. Seguindo a rotina dos processos de simulação de negociação, a gestão da Cemig apresentou números da empresa durante este encontro – observamos dados sobre o ciclo de investimentos e os desafios financeiros para os próximos anos. Salientamos a necessidade da valorização da força de trabalho por meio do salário, manutenção de conquistas do ACT e avanços em pontos de pauta.

No dia 18 os representantes da Cemig em mesa esboçaram uma contraproposta que demonstra o acirramento do debate e a truculência da proposta da atual gestão para nosso ACT. A gestão trouxe sua perspectiva sobre questões do pós-emprego e alguns itens do Acordo Coletivo que consideram superados, já sinalizando ataques à organização sindical. A estratégia de tentar impor prejuízos à categoria ficou clara naquele momento.

A última reunião, portanto, ocorreu na quinta-feira (26). Neste quinto encontro, a gestão da Cemig apresentou sua contraproposta. A empresa promove diversos ataques à organização e representação da categoria, aos direitos conquistados pelos eletricitários e eletricitárias e ao plano de saúde, por exemplo. Nada sobre os pontos relacionados a saúde e segurança, provando que a reunião sobre o tema foi apenas encenação e a preocupação dessa gestão com a vida dos trabalhadores é superficial. E vem chantagem por aí! A gestão quer pressionar pelo aceite desta ultrajante proposta, algo que prevíamos desde o tom da primeira reunião.

A categoria não aceitará a imposição da gestão Zema. Sabemos a importância da nossa pauta e o valor de cada trabalhador e trabalhadora para essa empresa. Já respondemos e rechaçamos a contraproposta em nota conjunta elaborada com outras entidades representativas da categoria. E no próximo dia 7 de novembro estaremos juntos, em greve de advertência por uma negociação real e justa do nosso ACT, também em defesa do patrimônio do povo mineiro.

Cemig: esse “trem” é nosso!

 

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