Não haverá a volta do trabalho presencial em 04/01



Não haverá a volta do trabalho presencial em 04/01

ALMG, Sindieletro e demais sindicatos se uniram para cobrar veementemente a manutenção das medidas protetivas aos trabalhadores negociadas no início da pandemia: o home office e a escala diferenciada

Por pressão da ALMG, do Sindieletro e demais sindicatos que representam os eletricitários e eletricitárias da Cemig, nós obtivemos uma importante vitória: A empresa anunciou nesta segunda-feira, 22 de dezembro, que reviu a decisão de retornar com o trabalho presencial de grande parte dos trabalhadores e trabalhadoras a partir de 4 de janeiro.

É uma vitória da categoria eletricitária da Cemig e fruto das insistentes cobranças e conversas que nós, Sindieletro, tivemos com a empresa desde o início da pandemia. Também é fruto da nossa iniciativa, junto com os demais sindicatos, de procurar a Assembleia Legislativa para que esse assunto fosse pauta de debates na Casa. E foi: Na ALMG, a quebra de acordos da Cemig para o home-office e escala de jornada diferenciada de seis horas corridas foi denunciada na tribuna e divulgada para toda a sociedade.

Além de tudo, é fruto dos trabalhadores que organizaram um abaixo-assinado cobrando a manutenção das medidas protetivas de home office e escala diferenciada.

Mas, para entender todo o contexto, vejamos um pouco do histórico das nossas ações ao longo desses nove meses de pandemia.

Desde o início da crise sanitária, o Sindieletro vem conversando com a Cemig para negociar medidas protetivas para todos os trabalhadores e todas as trabalhadoras. Cobramos o trabalho home office para os serviços não essenciais e escala de horário diferenciado com jornada corrida de seis horas para os companheiros e companheiras que, pelas características das atividades, não tiveram como atuar em casa. Assim, garantimos a redução de riscos de contaminação por meio de contatos presenciais e em aglomeração.

Avançamos. A Cemig acatou as propostas de home office e de escala diferenciada. Mas, em junho, a empresa anunciou, sem conversar com os sindicatos, o retorno massivo dos trabalhadores para as atividades presenciais, além do fim da escala diferenciada. Fomos veementemente contra e conversamos com a empresa novamente. A Cemig voltou atrás, ou seja, manteve grande parte dos eletricitários e eletricitárias no teletrabalho.

Porém, recentemente, a empresa, de novo, anunciou o retorno massivo dos trabalhadores e trabalhadoras para a empresa. Alguns gerentes até ameaçaram, informando aos trabalhadores de seus setores que iriam fazer sorteio para ver quem voltava.

Mobilizamos a ALMG

Mais um a vez intensificamos as ações e procuramos, com os demais sindicatos, a Assembleia Legislativa. A Casa pautou o debate do assunto. O deputado Betão (PT) foi à tribuna da Assembleia denunciar que a empresa promovia a quebra de acordos feitos com os sindicatos, de voltar com o home office e por fim ao horário diferenciado. Repercutiu mal para a Cemig e o governo de Romeu Zema, pois um vídeo da denúncia foi amplamente divulgado pelas redes sociais e sites, inclusive nos canais de comunicação do Sindieletro.

Agora, dias após a denúncia do deputado, na tribuna da ALMG, a Cemig voltou atrás. Ainda bem que a empresa repensou a medida de retorno do trabalho presencial e fim da escala diferenciada.

Nós sempre fizemos o debate chamando também a Cemig para a responsabilidade com a sociedade, mantendo a prestação de serviços protegendo toda a população. Um trabalhador com o vírus pode contaminar várias outras pessoas da sociedade, inclusive do seu círculo familiar.

À luta, sempre, em defesa da vida!

 

 

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