Na frieza, na indiferença: Cemig demite piloto



Na frieza, na indiferença: Cemig demite piloto

O Sindieletro recebeu, com extrema indignação, a notícia de que a Cemig demitiu, nesta terça (4), um dos três pilotos da empresa, que é devidamente concursado. Na segunda reunião que tivemos com o gerente da DPR/RT, Brunno Viana, em 24 julho, comunicamos que os três pilotos estavam muito apreensivos com a ameaça de demissões, já que a Cemig decidiu vender sua última aeronave de maneira autoritária.

Na ocasião, cobramos que o gerente nos garantisse que não haveria demissões no setor, para darmos tranquilidade aos pilotos. Mas Brunno Viana enrolou, enrolou, e disse que não sabia sobre demissões. Agora vem a bomba: ele nos confirma o desligamento na maior frieza.

Além das demissões em massa de terceirizados, agora a Cemig demite sumariamente um piloto, deixando para os outros dois companheiros a apreensão e tensão com a possibilidade de mais desligamentos.

A Cemig, antes e durante a pandemia de covid-19, tem tratado seus trabalhadores com indiferença. Para a empresa, tanto fez, tanto faz o emprego, sobretudo neste momento tão difícil, durante o qual a proteção ao trabalhador se torna ainda mais fundamental. Em plena crise sanitária, seus gestores não mudam a postura de algozes. Fazem o que manda o governador Romeu Zema, que implantou uma política agressiva de vendas de ativos e demonstra voracidade em demitir desde que assumiu o governo.

Em conversa por telefone, Viana confirmou friamente para a direção sindical a demissão do companheiro piloto. Não confirmou a demissão dos outros dois, mas não tranquilizou. Ele nunca nos dá certezas, só vai enrolando.

Naquela reunião do dia 24 de julho, Brunno disse que não havia definição sobre a situação dos pilotos, uma vez que a aeronave restante da empresa ainda não fora vendida – e até o momento, não foi. Questionado pelo Sindieletro,  o gerente afirmou que é uma decisão da empresa demitir sem mesmo ter vendido a aeronave.

E a estabilidade devido ao período eleitoral? Foi outro questionamento que fizemos. Iremos às urnas em novembro deste ano, e a lei eleitoral não permite demissões perto de eleições. É preciso levar em consideração o aviso prévio. Pelas contas, no caso, seria atingido o período em que é proibido demitir.

Segundo o gerente, o Jurídico da empresa tem um entendimento diferente. Apesar do discurso da Cemig que defende a diminuição do passivo trabalhista da empresa, a gestão beira a irresponsabilidade ao arriscar ser condenada com o dinheiro público. Sindieletro está atento, oferecendo toda a assistência ao trabalhador. Continuamos em cima da Cemig para garantir o emprego e a dignidade dos eletricitários.

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