Mulheres são as mais prejudicadas
Além da dupla e até tripla jornada e de assumirem funções que em outros países são do estado como a educação infantil e o cuidado com os idosos, o que diminui as chances de conseguir emprego formal, e de receberem salários abaixo do pago aos homens, as mulheres devem ser as maiores prejudicadas pela Reforma da Previdência do governo Bolsonaro.
Entre os prejuízos que a Reforma traz para toda a sociedade, está a exigência de 40 anos de contribuição para a aposentadoria integral, o aumento de 15 para 20 anos no tempo mínimo de contribuição e, praticamente, o fim da aposentadoria dos trabalhadores rurais e professores, que terão que trabalhar até os 60 anos. Novos trabalhadores serão vinculados à previdência privada, sistema de capitalização que gerou uma onda de suicídios e fracassou no Chile.
Essas mudanças pioram as condições de vida de toda a população, mas afetam ainda mais as mulheres por reduzirem a diferença na aposentadoria masculina e feminina por idade (atualmente trabalhadoras urbanas se aposentam com 60 anos e homens com 65, mas querem passar para 62 anos para mulheres e 65 para homens). Essa diferença era a forma de compensar, mesmo que parcialmente, a jornada de trabalho não remunerada das mulheres que costumam ter mais dificuldades de inserção no mercado de trabalho ou entram e saem mais vezes nos empregos.
O projeto do economista Paulo Guedes- economista ligado aos fundos privados de pensão- dilacera a proteção social e dificulta, principalmente, a aposentadoria das trabalhadoras, quando exige, tempo de contribuição maior ou quando retira 40% do adicional sobre o FGTS após a aposentadoria.
Para barrar a reforma que só poupa políticos, judiciário e militares, homens e mulheres precisarão realizar manifestações gigantescas e impedir a votação da monstruosidade na Câmara e no Senado em dois turnos.
Não deixe para a última hora, mobilize, mande e-mail para seu deputado e senador para que vote contra o projeto de Reforma da Previdência.
Lute agora ou morra trabalhando!
