O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Levante Popular da Juventude ocuparam, nesta quinta-feira (12), a sede da multinacional italiana Enel Distribuição Ceará, em Fortaleza. A empresa, que atua na geração e distribuição de energia, figura entre as três empresas com maior número de reclamações na superintendência de Fortaleza. Cerca de 1,5 mil pessoas participam do ato.
A ação reivindica a retomada do subsídio para pequenos agricultores na conta de energia, bem como a permanência do benefício para as famílias de baixa renda. Os movimentos criticam ainda o alto preço da energia elétrica.
A ocupação faz parte das mobilizações do Dia Internacional de Luta contra as Barragens, pelos Rios, pela Água e pela Vida, que ocorre em todo Brasil. Ao longo desta semana, esses movimentos populares fizeram um conjunto de mobilizações em Fortaleza, como ocupação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Secretaria de Desenvolvimento Agrário.
José Josivaldo, da coordenação nacional do MAB, avalia que "a extrema-direita, as empresas e as transnacionais tensionam contra a vida dos mais pobres". Ele explica que o governo de Michel Temer, em dezembro de 2018, retirou o subsídio de 42% na conta de luz dos agricultores.
De acordo com Josivaldo, os próximos cortes nos subsídios podem atingir os trabalhadores de baixa renda, que somam 8,5 milhões de contas de energia no Brasil.
Outro lado
Em nota, a Enel Distribuição Ceará disse que "um grupo de manifestantes do MAB invadiu a sede da companhia hoje (12) em Fortaleza, fazendo reivindicações diversos temas, entre eles, água e energia". A empresa apontou ainda que o grupo informou que o ato se trata de "um movimento nacional". "Com a chegada da polícia ao local, saíram rapidamente", diz o texto.
Fonte: Brasil de Fato