Em diferentes regiões do país, os movimentos populares e organizações sociais lutam para ajudar os mais vulneráveis com comida, roupas, itens de higiene pessoal e até acompanhamento psicológico.
Enquanto Michele Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes fazem autopromoção de Campanha de Inverno que arrecadou apenas 148 itens, movimentos populares e organizações sociais se desdobram diariamente para conseguir ajudar centenas de pessoas em todo o Brasil.
Edjane Rodrigues, secretária de Políticas Sociais da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), afirma que ações solidárias são feitas em todo território nacional, com doação de alimentos para as famílias de agricultores que passam necessidade. Em alguns casos, explica Edjane, como aconteceu no Acre, com as enchentes em março deste ano, doações específicas como roupas e produtos de higiene foram realizadas pela Contag.
No Rio de Janeiro, a dirigente da União Nacional por Moradia Popular, Jurema da Silva, lembra que as ações solidárias começaram a ser mais frequentes um pouco antes da pandemia, no final de 2019. Porém, da segunda quinzena de março de 2020 até hoje, as ações solidárias não pararam. Jurema conta que além de cestas básicas que são distribuídas mensalmente para mais de 300 famílias graças ao apoio da Fiocruz, itens como máscaras e fraldas descartáveis, absorventes higiênicos, além de ajuda psicológica, são oferecidas às famílias do bairro de Jacarepaguá.
Em Paraisópolis, o projeto Marmita Solidária, braço de outra iniciativa chamada Bistrô Mãos de Maria, que ajudam mulheres da comunidade a empreender, já fez a distribuição de mais de um milhão de marmitas de março do ano passado até o presente momento, conta a fundadora do Mãos de Maria Brasil, Elizandra Cerqueira.
Também com números expressivos destacam-se as ações solidárias realizadas pelo Comitê Estadual da População em Situação de Rua. O presidente, Robson Mendonça, revela que desde o começo da pandemia, mais de 600 mil marmitas já foram entregues, além de 280 mil litros de café e 450 mil sanduíches.
Agora, a meta a cumprir é outra. Robson Mendonça comenta que está aceitando doações de caixinhas de leite usadas, para a fabricação de esteiras térmicas que serão entregues às pessoas em situação de rua da cidade de São Paulo.
Jurema da Silva, da União Nacional por Moradia Popular do Rio de Janeiro, lembra que quem tem fome, tem pressa. E este é motivo para que ela não pare de trabalhar e tentar ajudar a quem precisa.
Fonte: Brasil de Fato
Sindieletro também tem açoões solidárias
O Sindieletro participa de projetos de cozinha solidária/comunitária, em regiões do Estado, além de se envolver com a distribuição de cestas básicas para famílias carentes. A parceria nos projetos é com a Frente Brasil Popular, MST, MTST, Coletivo Alvorada, movimento Grito pela Vida, contra a Fome, entre outras entidades e movimentos. Nas cozinhas solidária/comunitária, somente na região do Triângulo e na Grande BH, são distribuídas mais de 200 marmitas, diariamente, para moradores de rua.