Algumas das principais montadoras que atuam no Brasil começaram a divulgar suas tabelas de preços de carros com descontos, um dia depois de o governo anunciar um pacote de incentivo ao setor automotivo.
O modelo mais barato divulgado até o momento é o Kwid, da Renault, que sai por R$ 58.990,00. O valor representa uma redução de R$ 10 mil em relação ao preço praticado antes das medidas anunciadas na segunda-feira (5/6).
A Hyundai baixou o preço do HB20 1.0 Sense de R$ 82.290,00 para R$ 74.290,00. A promoção foi anunciada pouco antes do anúncio das medidas.
Montadoras como Fiat e Volkswagen decidiram retirar as tabelas de preços de seus sites e publicaram um anúncio de que, em breve, haverá preços reduzidos.
Na Fiat, a expectativa é a de que alguns modelos passem a custar menos de R$ 60 mil – o Mobi era vendido por R$ 68.990,00 antes do pacote do governo. A Volks, por sua vez, informa que “vai expandir a oferta e oferecerá bônus de até R$ 5 mil reais ou taxa zero aos seus clientes”.
O pacote
O programa prevê desconto no preço final de carros, além de subsídios para a redução do valor de caminhões. O governo pretende gastar cerca de R$ 1,5 bilhão com o pacote: R$ 500 milhões para carros, R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para vans e ônibus.
No caso dos carros, o governo adotou a proposta de descontos escalonados a partir de um índice resultante do desempenho do veículo em três fatores:
maior eficiência energética (nível de emissão de carbono);
maior densidade industrial (capacidade de gerar emprego e crescimento no entorno);
menor preço (ampliação do acesso).
Carros com o valor de mercado de até R$ 120 mil terão desconto de até 11,6%. De acordo com o governo, o limite alcança cerca de 45% dos modelos disponíveis no país.
Os descontos vão de R$ 2 mil a R$ 8 mil para os carros novos. Montadoras e concessionárias poderão adotar outros descontos, se assim desejarem.
Outro ponto anunciado é que as vendas de carros com desconto serão exclusivas para pessoas físicas nos primeiros 15 dias, prazo que pode ser prorrogado por até 60 dias, a depender da resposta do mercado. Depois disso, as empresas também poderão se beneficiar do programa.
Fábio Matos, jornal Metrópoles