Com a decisão dos eletricitários de manter a greve e rejeitar a proposta da Cemig, definindo também por encaminhar à empresa uma contraproposta e cobrar nova negociação, os trabalhadores intensificaram a luta. Nesta manhã de terça-feira, os eletricitários fecharam as portarias da Cemig da Itambé e da Subestação Barro Preto, permanecendo concentrados nos locais. No interior, a categoria também realizou concentração e fechamento de portarias, como em Uberaba e Montes Claros.
Como resultado da mobilização, a direção da Cemig voltou a negociar com o Sindieletro. Nesta tarde, dirigentes sindicais estarão reunidos com a comissão de negociação da empresa para tratar do Acordo Coletivo e da PLR. A negociação foi possível porque houve intervenção do presidente da Assembleia Legislativa, Dinis Pinheiro (PP), e do deputado estadual, Adelmo Leão (PT). Pela manhã, os deputados se reuniram com o presidente da Cemig, Djalma Morais, e cobraram o retorno da negociação.
Pela manhã a Cemig da Itambé ficou lotada de trabalhadores, paralisados e do lado fora, protestando. A direção da empresa chamou o Batalhão de Choque para o local, para fazer pressão para que os trabalhadores entrassem. Contudo, a categoria permaneceu firme no propósito da greve por tempo indeterminado: lutar para que a empresa negocie a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho com avanços e uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) justa.
A greve chega hoje ao seu 16º dia, com um histórico que inclui fechamentos de portarias todos os dias, concentrações, passeatas, atos públicos e protestos. No dia 04 de dezembro os eletricitários mostraram toda a sua força e capacidade de pressão com o fechamento da Sede da Cemig. Esse dia ficou marcado como uma luta inédita e histórica da categoria. Como resultado, a direção da Cemig, acuada, decidiu negociar, apresentando uma primeira proposta.