A CUT convoca trabalhadores e dirigentes sindicais de todo o país para uma grande Jornada de Lutas. As mobilizações de massa começaram em fevereiro e serão realizadas até o dia 1º de maio em defesa dos direitos da classe trabalhadora, da Petrobras e da Reforma Política e de uma política econômica com inclusão social e valorização do trabalho.
A Central pretende ocupar as estradas, ruas, praças, escolas, hospitais e fábricas, na cidade e no campo e, também, o Congresso Nacional com amplas mobilizações, para que o recado dos trabalhadores ecoe por todo o país: “Direitos devem ser ampliados, nunca diminuídos”.
Agenda de lutas
Em sua jornada contra medidas que retiram e dificultam o acesso da classe trabalhadora a direitos econômicos e sociais, a CUT reafirma a sua posição contrária às Medidas Provisórias 664 e 665 publicadas em 30 de dezembro de 2014 pelo Governo Federal que alteram regras do Seguro-Desemprego, Abono Salarial, Seguro-Defeso, Pensão por Morte, Auxílio-Doença e Auxílio-Reclusão. A Central defende uma proposta de política tributária que taxe os ricos, não os trabalhadores.
No dia 2 de março a CUT e outras centrais realizarão manifestações em frente às Superintendências Regionais do Trabalho (“DRTs”), nas capitais, por empregos e direitos.No dia 3 de março, a CUT lançará o Dossiê sobre a Terceirização no Congresso Nacional, mostrando s prejuízos dessa prática para a classe trabalhadora. “Manteremos também vigilância no Congresso Nacional para impedir que nossos direitos sejam retirados, com especial atenção ao PL 4330 da terceirização. Pressionaremos para que o governo nos ouça e atenda nossas reivindicações”, explica o presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas.
Defesa da Petrobras
No dia 13 de março será realizado, em várias capitais, Ato Nacional em defesa da Petrobras, dos Direitos e da Reforma Política. O ato será promovido pela CUT, em conjunto com a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e movimentos sociais, reforçando o movimento iniciado em 24 de fevereiro com o lançamento do Manifesto em Defesa da Petrobrás – Rio de Janeiro (CUT/FUP). “A Petrobras é nossa, pertence ao povo brasileiro. Foi conquistada na luta e será defendida na luta. Jamais aceitaremos sua privatização. Seus recursos devem ser aplicados no desenvolvimento do país, em especial na educação”, defende o presidente da CUT.
Dieese critica mudanças
Recentemente o Dieese divulgou estudo sobre as MPS 664 e 665 que revelam que, como a CUT advertiu, as mudanças terão impactos consideráveis sobre a vida de milhões de brasileiros. A análise conclui que, por mais que o governo alegue que não há retirada de direitos dos trabalhadores, as novas regras limitam o acesso de milhões de brasileiros ao Seguro-Desemprego, ao Abono Salarial, ao Seguro-Defeso e às Pensões, o que, na prática, significa privar a parcela mais vulnerável da população de benefícios que lhes eram assegurados.
“Ademais, são medidas que destoam da estratégia implementada pelo próprio Governo nos últimos anos, cuja finalidade era a melhoria da distribuição de renda e a redução das desigualdades sociais, além de contradizerem suas declarações manifestando o compromisso em não tocar nos direitos dos trabalhadores”, destaca o documento do Dieese.
Apesar do Governo Federal insistir nas Medidas alegando que fazem parte do contexto de ajuste das contas públicas, o Dieese afirma que não há garantias de êxito nesse plano. Além disso, as medidas anunciadas não contornam os dilemas de financiamento da Previdência Social colocados para a sociedade brasileira e nem traz alternativas referentes ao financiamento do gasto social, como uma reforma tributária que promova a tão necessária e reivindicada justiça tributária e que estabeleça, entre outras medidas, a taxação de grandes fortunas,d estaca o Dieese.