Após a Polícia Federal (PF) prender o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, na quarta-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que ele deve responder pelos seus atos.
O pastor Gilmar Santos também foi preso preventivamente na manhã de hoje e a PF cumpre mandado de prisão nos endereços do pastor Arilton Moura.
"Ele que responda pelos atos dele", disse o presidente na quarta, em entrevista à rádio Itatiaia de Minas Gerais. "Se a PF prendeu, tem um motivo", acrescentou, aparentemente concordando com o óbvio: em seu governo tem sim corrupção, ao contrário do que costuma afirmar.
"Se tiver algo de errado, ele vai responder. Se tiver. Se for inocente, sem problema; se for culpado, vai pagar", completou Bolsonaro.
Em março, quando vazou um áudio revelando que o governo federal priorizava a liberação de recursos do Ministério da Educação (MEC) a prefeituras indicadas pelos pastores-lobistas Gilmar Santos e Arilton Moura Correia, Bolsonaro disse que botava a cara no fogo pelo ministro, que é evangélico e pastor.
Ele ainda classificou como "covardia" a pressão para que Milton Ribeiro deixasse o cargo e disse que a situação expressava, em sua visão, a falta de corrupção em seu governo.
"Por que não tem corrupção no meu governo? Porque a gente age dessa maneira. A gente sempre está um passo a frente. Ninguém pode pegar alguém e dizer 'ó, você está desviando'. Tem que ter prova, poxa, se não é uma ação contra a gente", afirmou na época.
No dia 28 de março o ministro pediu demissão e hoje foi preso.
Fonte: CUT