Com o tema “Minas tem pressa de mudança”, o encontro discutirá reforma política, direitos trabalhistas, redução das tarifas públicas, entre outros assuntos
Movimentos sociais que representam diferentes causas em Minas Gerais se preparam para o 6º Encontro dos Movimentos Sociais, que acontecerá em Belo Horizonte entre os dias 1º e 3 de maio. Com o tema “Minas tem pressa de mudança”, o encontro tem o objetivo de fortalecer lutas em comum dos movimentos. Entre as principais bandeiras estão a reforma política e os direitos trabalhistas.
Membro do movimento Quem Luta Educa e uma das organizadoras do encontro, Neila Baptista explica que o encontro acontece desde 2006, quando os movimentos sociais de Minas Gerais perceberam que tinham lutas em comum e que seria interessante uma articulação mais consistente. Ela explica que os encontros normalmente acontecem durante o feriado do 1º de maio, quando se comemora o Dia do Trabalhador. “É uma data referência em luta e representa grande parte dos movimentos que são constituídos por trabalhadores da cidade e também do meio rural”, diz.
Ela lembra que, este ano, a data tem ainda mais significado, já que os brasileiros acabam de ver um retrocesso na lei trabalhista com a aprovação da PL 4330, que amplia a terceirização sem limites. “O encontro ganha ainda mais importância diante dessa retirada de direitos do trabalhador”, frisa.
A organizadora destaca, ainda, que esse também será o primeiro encontro realizado durante mandato de um governo que se comprometeu com as lutas dos movimentos sociais. “Isso também amplia o significado do nosso encontro, pois agora temos um governo que estabeleceu um compromisso com as entidades que estão construindo essa articulação”, diz.
Entre as principais bandeiras do encontro estão a redução das tarifas públicas (água, energia, transporte), o pagamento do piso salarial dos professores da rede estadual, a reforma do sistema político, contra a corrupção e pelo fim do financiamento empresarial de campanha.
Neila Baptista explica que os encontros normalmente incluem momentos de análise da conjuntura nacional e estadual, oficinas com temas do interesse dos movimentos, reuniões por segmento para tratar de lutas especificas e atividades culturais. “Esse ano a ideia é dar mais ênfase aos trabalhos em grupo a fim de garantir mais espaço de debate”, completa.
O encontro acontecerá na Praça da Assembleia e a inscrição pode ser realizada aqui.