Milhares de pessoas saíram às ruas de Belo Horizonte neste sábado, 2 de outubro, Dia Nacional de Luta. A principal bandeira da manifestação, a maior do ano na capital mineira, foi a luta pelo impeachment de Jair Bolsonaro. Todas e todas foram convocadas e se uniram a integrantes, representantes e militantes de mais de 100 entidades, partidos políticos, de religiões, movimentos sindical, sociais, estudantis e populares. A concentração começou por volta das 15 horas, em frente ao Palácio do Governo, na Praça da Liberdade. A passeata teve início após as falas de dirigentes de partidos, lideranças políticas e representantes dos movimentos sindical e sociais. No trajeto, até a Praça Sete, passando pela Avenida Brasil, Praça Tiradentes e Avenida Afonso Pena, os manifestantes dialogaram com a população de Belo Horizonte, que, dos prédios deram apoio às pautas do ato.
As pautas políticas foram dialogadas com a população, que tem apoiado os protestos contra o governo da fome, da morte, responsável por quase 600 mil mortes com uma gestão genocida da pandemia de Covid-19, pelo desemprego, pela carestia, e cujo projeto tem for finalidade a a destruição das políticas sociais, a entrega do patrimônio do povo brasileiro, os ataques aos direitos e conquistas da classe trabalhadora, e a servidoras e servidores e dos serviços públicos, com a PEC 32, da reforma administrativa. Durante o protesto, os manifestantes repudiaram o alinhamento do governador Romeu Zema com a política entreguista e privatista de Jair Bolsonaro, que tem como principal proposta a venda de empresas públicas e o Estado mínimo. A próxima grande mobilização “Fora Bolsonaro” está programada para 15 de novembro em todo o Brasil.
Além do ato deste sábado, outra agenda nacional está acordada entre os organizadores. O 15 de novembro também será um dia de luta contra Bolsonaro. Jairo Nogueira Filho, presidente da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), explica que as duas agendas trazem como pauta central o impeachment do presidente, já que há diversos indícios de fraudes e crimes de corrupção desvendados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19.
Além disso, na opinião de Jairo, é insustentável a crise econômica e social pela qual passa o país, levando a população ao desemprego e ao drástico empobrecimento. “É nosso papel fazer a luta, denunciar o governo e construir um novo cenário para as eleições do ano que vem, para que o povo não caia na ilusão que é o Bolsonaro”, aponta.
A política econômica adotada pelo governo federal, e encabeçada pelo ministro Paulo Guedes, levou o Brasil de volta ao Mapa da Fome, além de encarecer o preço do gás e da cesta básica. Esse fato, na avaliação de Stefanio Marques, que é assessor político do Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte, Contagem e Região, já é um fator que induz a articulação de organizações políticas distintas em torno da pauta Fora Bolsonaro.
“Não dá mais para deixar esse governo no poder. Porque a cada dia de Bolsonaro, são mais vidas perdidas, é o povo adoecendo, é retirada de direitos, é povo morrendo de fome. O impeachment precisa ser agora, porque não dá para esperar 2022, porque não sabemos o que pode acontecer. Por isso é fundamental construir esse acúmulo com todos que querem o Fora Bolsonaro”, ressaltou.
Fonte: CUT Minas