Os trabalhadores da Cemig têm sido bombardeados diariamente por promessas de pagamento integral dos custos do plano de saúde para quem migrar para um dos novos planos.
Atenção: o atual PSI é um plano sólido, com coberturas além do rol da ANS, e está sob a guarda de um Acordo Coletivo Específico que impede os avanços da Cemig sobre os direitos assegurados aos beneficiários.
Onde está a terrível armação da Cemig?
O plano que a Cemig tem oferecido como alternativa ao PSI foi construído de forma unilateral pela Cemig, por meio de sua gestão dentro da Cemig Saúde, nos moldes precários e maldosos da gestão Zema na Cemig. É um plano com cobertura do rol mínimo da ANS, estadual, sem reembolso de medicamentos e com uma série de outras restrições. O pior é que estes planos não têm uma garantia de segurança para os beneficiários como é o ACE para o PSI. Logo, poderão ser modificados a qualquer tempo, por vontade unilateral das patrocinadoras, sem que os beneficiários tenham influência sobre as decisões.
Pense bem: o PSI é um plano sólido, construído sob os ditames de um Acordo Coletivo assinado pela maioria das entidades representativas dos trabalhadores da Cemig, e está sendo atacado de maneira contumaz pela Cemig. A empresa já foi até ao STF para descumprir o que acordou no passado com os trabalhadores ativos e aposentados. Realizaram alterações estatutárias irregulares na Cemig Saúde para implementar um voto de minerva – que está sob questionamento judicial. Tudo para massacrar os trabalhadores aposentados e ativos e impor seu calote às obrigações que contraiu no passado.
Você acredita que a empresa que tem feito todas essas manobras vai cumprir um compromisso individual com o trabalhador e custear seu plano de saúde até a aposentadoria? Você vai acreditar nisso? Você confia nos gestores dessa empresa? Não se esqueça que para alterar condições do novo plano, mudar sistema de coberturas ou qualquer outra alteração no regulamento, a empresa não precisará consultar os beneficiários.
Nos novos planos, as patrocinadoras podem tudo. Os beneficiários, nada. Para mudar qualquer coisa no PSI, a solicitação precisa chegar ao Conselho Deliberativo, onde a representação é paritária e as patrocinadoras não podem fazer o que quiserem. Nos novos planos que criaram à sua revelia, tiveram o capricho de frisar a supremacia incondicional das patrocinadoras sobre os planos. Quem quer dar calote em compromissos assinados vai cumprir promessas? Você realmente acredita nisso? Você ainda vai migrar?