Mesmos gestores zemistas indiciados pela CPI da Cemig continuam com "TENEBROSAS TRANSAÇÕES"



Mesmos gestores zemistas indiciados pela CPI da Cemig continuam com "TENEBROSAS TRANSAÇÕES"

TENEBROSAS TRANSAÇÕES: Cemig e seus religadores I


Por Luiz Tito, que escreve de segunda a sábado em O TEMPO


A CPI da Cemig, encerrada com um substantivo relatório assinado pelo deputado Sávio Souza Cruz, votado e aprovado, está nas mãos do Ministério Público do Estado de MG aguardando que medidas sejam tomadas e punidas as pessoas identificadas como responsáveis, por sua ação ou omissão na gestão da estatal; são fatos graves, que provocaram o emprego de mais de R$ 1 bilhão, em tenebrosas transações, como disse o deputado Professor Cleiton, para justificar seu pedido de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito. Quinze dirigentes do alto escalão da Cemig foram indiciados, inclusive o diretor de compliance, além do presidente da empresa, Reynaldo Pasanezzi. Oito empresas também foram incluídas como participantes de atos suspeitos. Se comprovados, o que na verdade muito se espera, muita gente terá problemas para o resto da vida. Mas esse mesmo grupo está lá sentado, mandando, por um entendimento muito próprio do sr. governador Romeu Zema, ao que parece, de questionável capacidade de entender o que se passa na Cemig. Está para estourar a compra de um equipamento conhecido tecnicamente como “religador”, que atua nas redes de distribuição de energia e não deixa no escuro as casas e instalações dos consumidores. Para nossa salvação, clientes da Cemig, a ocorrência de interrupção no fornecimento de energia e a frequência como esses ocorrem são fatos fiscalizados e punidos pela Aneel.

BAGATELA: Cemig e seus religadores II

Apertada com o histórico de falhas, a estatal adquiriu os tais equipamentos por meio de um contrato objeto do Pregão: R$ 154,7 milhões

Taxas muito frequentes de interrupção podem fazer com que uma empresa como a Cemig perca a concessão pública de fornecimento de energia. A Cemig, apertada com seu histórico de falhas, adquiriu os tais religadores através de um contrato objeto do Pregão Eletrônico 530-I16057 cujo valor é a bagatela de R$ 154.789.851,10 e que, na entrega das primeiras unidades, foi reprovado em um denso e consubstanciado relatório técnico assinado por uma equipe que não está para passar a mão na cabeça de nenhum fornecedor ou de diretor, porque tem compromissos com a decência, com a honestidade e com a Cemig. O governador Romeu Zema sempre foi muito crítico em relação a outros governadores que o antecederam, especialmente na questão de investimentos feitos pela empresa em outros Estados, em negócios que nada teriam a ver com Minas Gerais e em obras tidas como reprováveis na sua contratação. Um bom exemplo para sua excelência o governador Romeu Zema seria o ex-presidente da República e ex-governador de Minas, Itamar Franco, um homem público decente, corretíssimo, inflexível no seu comportamento, corajoso nas suas decisões e que não se deixava envolver por vagabundos, maus gestores, calhordas e toda sorte de gente em governos, não deixando que sua imagem pudesse ser comprometida ou envolvida em atos que sugerissem a atividade de quadrilhas aplicadas no esfacelamento do patrimônio público de Minas Gerais. Diferente disso, a história sempre registra e revela homens fracos, medrosos, idiotas, que muitas vezes se postam como o que os dicionários chamam de bobocas ao não revelarem sua esperteza, postura que o Código Penal capitula como cúmplices. São exemplos.

 

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