Vestidos de preto, carregando faixas com frases de repúdio ao golpe militar de 1964 – “Ditadura nunca mais”, “Tortura nunca mais”, entre outras – e cartazes com fotos de vítimas do regime de exceção que durou 21 anos, milhares de manifestantes saíram às ruas de Belo Horizonte no domingo (31). A concentração começou por volta das 10 horas na Praça da Liberdade e, às 12h30, todos saíram em marcha até o Memorial dos Direitos Humanos Casa da Liberdade, da Avenida Afonso Pena, antiga sede do Departamento de Ordem Política e Social (Dops).
O Memorial é uma homenagem às vítimas da ditadura e a escolha do prédio do antigo Dops para abriga-lo tem uma representação simbólica pois, durante o regime militar, o o local era um órgão de repressão e tortura a perseguidos pelos militares.
Durante o trajeto, os nomes de assassinados e desaparecidos durante os governos militares foram anunciados no microfone do carro de som e os manifestantes responderam “presente”. A manifestação, que aconteceu em todo o país, foi um repúdio aos 55 anos do golpe militar, completados no domingo, e à orientação do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para que a data fosse celebrada nos quartéis de todo o país.
Durante a manifestação, organizada pelas Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo, Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), CTB, demais centrais e movimentos sociais, houve protestos contra a retirada de direitos, em defesa da democracia e da libertação do ex-presidente Lula.
Em todo o Brasil aconteceram atos contra o golpe militar, reunindo milhares de pessoas.
Fonte: CUT MG