A Central Única dos Trabalhadores (CUT) pretende manter as manifestações na Câmara dos Deputados até ter certeza de que não será votado o projeto de lei (PL 4330/04), que regulamenta o trabalho terceirizado e está sendo analisado pela Comissão de Constituição e Justiça. Nesta terça-feira (3), trabalhadores ligados à CUT e representantes de outras centrais sindicais entraram em confronto com a segurança da Casa dentro do plenário da CCJ e com a Polícia Militar numa das entradas da Câmara.
Os trabalhadores, que estão acampados na Esplanada dos Ministérios, vieram em passeata para o Congresso, onde foi permitida a entrada de 40 pessoas. O resto do grupo ficou do lado de fora, gritando slogans e pressionando para entrar. Para dispersar a manifestação, a Polícia Militar utilizou gás lacrimogênio e spray de pimenta. De acordo com o presidente da CUT, Vagner Freitas, a violência foi injustificável e poderia ter consequências graves. Ele afirmou que vai procurar a direção da Câmara para discutir o assunto.
“Aqui tem que ter capacidade de negociação para impedir que o pior aconteça. Aqui só tem trabalhador. Não dá para tratar trabalhador como bandido, com chicote, com bofetão, com spray de pimenta”, argumentou.
Votação
“Quero deixar claro que minha posição, enquanto parlamentar e presidente da CCJC, é contrária à aprovação do projeto, pois ele precariza o trabalho e permite alocação de mão de obra, o que é ruim para a classe trabalhadora. Enquanto estiver exercendo a presidência da comissão, não pautarei essa proposta”, afirmou o deputado Décio Lima presidente da CCJC . "Nós queremos que o projeto seja arquivado", disse o presidente da CUT, Vagner Freitas, que comemorou o compromisso do presidente da CCJ, Décio Lima (PT-SC), de não colocar o projeto em votação. "Mas há um problema nisso, não é só o presidente da CCJ que coloca em votação, qualquer deputado que está na comissão e vá na sessão pode fazer um requerimento e propor a votação."
Com informações da Câmara e RBA