O Programa Mais Médicos está levando mais 3.500 profissionais para ampliar o atendimento em atenção básica em todo o Brasil. O reforço deste grupo garante o cumprimento da meta estabelecida pelo governo federal de enviar 13.235 médicos aos municípios, especialmente aqueles localizados em regiões mais vulneráveis. A atuação desses profissionais impacta na assistência de 45,6 milhões de pessoas. Desde a semana passada estão sendo realizadas oficinas em todos os Estados para recepcionar os médicos que começam a atuar nos municípios.
Desse total, 1.922 médicos estão alocados na região Sudeste, 842 na região Sul, 289 na região Centro-Oeste, 253 na região Nordeste e 238 estão alocados na região Norte. Eles fazem parte do quarto ciclo do Programa e foram aprovados no módulo de avaliação, etapa obrigatória para que recebam o registro profissional provisório e iniciem o atendimento à população.
Mais de 70% dos 13.235 médicos estão alocados em regiões como o semiárido nordestino, periferia de grandes centros, municípios com IDHM baixo ou muito baixo e regiões com população quilombola, entre outros critérios de vulnerabilidade. Em relação à distribuição por região, o Sudeste e o Nordeste concentram o maior número de profissionais, com 4.170 e 4.147 médicos respectivamente. O Sul conta com 2.261, seguido do Norte (1.764) e do Centro-Oeste (893). Outros 305 médicos estão atuando em distritos indígenas.
A CUT e a CNTSS/CUT -Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social, que compreende os Ramos da Saúde, Previdência e Assistência Social, dos setores público e privado - já se manifestaram favoráveis ao Programa Mais Médico e à vinda de trabalhadore/as de outros países, desde que seja dada prioridade aos/às profissionais do Brasil e que os direitos trabalhistas de brasileiros/as e estrangeiros/as fossem respeitados incondicionalmente.
"Defender o "Mais Médicos" é defender a valorização do SUS - Sistema Único de Saúde, uma conquista importante da nossa sociedade, fundamentalmente, dos trabalhadores e das trabalhadoras ; é defender mais investimentos na saúde, na qualificação dos/as trabalhadores e na melhoria das condições dos locais de trabalho", diz o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.
O programa
Lançado em julho de 2013 pela presidenta Dilma Rousseff, o Programa Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com o objetivo de aperfeiçoar a formação de médicos na Atenção Básica, ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país e acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde.
Os profissionais do programa cursam especialização em atenção básica, com acompanhamento de tutores e supervisores. Para participar da iniciativa, eles recebem bolsa formação de R$ 10,4 mil por mês e ajuda de custo pagos pelo Ministério da Saúde. Em contrapartida, os municípios ficam responsáveis por garantir alimentação e moradia aos participantes.
Além da ampliação imediata da assistência em atenção básica, o Mais Médicos prevê ações estruturantes voltadas à expansão e descentralização da formação médica no Brasil. Até 2018, serão criadas 11,4 mil novas vagas de graduação em Medicina e mais de 12 mil novas vagas de residência médica.