A Prefeitura de Timóteo acionou a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para interceder junto a Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) e reestabelecer o fornecimento de energia elétrica, que foi comprometido pela forte chuva e ventos registrados na tarde do dia 27.
Em correspondência encaminhada ao diretor-geral da agência reguladora, André Pepitone da Nóbrega, na segunda-feira (29/10) o documento assinado pelo prefeito Douglas Willkys relata os transtornos e a omissão da concessionária do serviço público.
O ofício, de nº 0040/2018-GAB/DW, explica que no dia 27 de outubro, um sábado, o município de Timóteo teve o fornecimento de energia interrompido em quase todos os bairros da cidade por causa dos ventos e da forte chuva que caiu em toda a região. Entretanto, passadas mais de 48 horas após a ocorrência, diversos bairros ainda registravam a falta de energia elétrica sem que nenhuma previsão de reestabelecimento fosse feita. “Os telefones de atendimento da concessionária sistematicamente não atendiam, deixando os consumidores sem informações sobre a resolução do problema”, descreve o documento.
Aliado a isso, a Prefeitura pontuou que a falta de energia afetou diretamente o funcionamento de escolas, órgãos públicos e estabelecimentos comerciais. Da mesma forma, durante o domingo (28) o pleito eleitoral ficou prejudicado em algumas seções, “forçando o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) e o Município a adotarem medidas onerosas aos cofres públicos com a contratação de geradores” para garantir a realização do processo eleitoral.
A interrupção de energia que persistia em alguns bairros de Timóteo até esta terça-feira, também acarretou na falta de abastecimento de água em diversos bairros da cidade. Em nota publicada, a Copasa informou que o abastecimento em Timóteo havia sido interrompido nesta terça-feira (30/10) devido à queima de um transformador na Estação de Tratamento de Água (ETA), o que ocasionou a falta de energia elétrica na unidade, por parte da concessionária responsável. O abastecimento emergencial em postos de saúde, penitenciária, asilos e hospital estava sendo realizado por meio de caminhões-pipa, segundo a concessionária.
Falta de posicionamento
Finalizando, o documento menciona ainda que a falta de um posicionamento oficial da Cemig quanto ao cronograma de trabalho para reestabelecer a prestação de serviço “contribuiu para o sentimento geral de descaso, indignação e insegurança da população”. “A concessionária age de forma arbitrária sem prestar contas de suas atividades aos consumidores e também ao Município onde presta serviços”, reitera o documento que foi protocolado diretamente na sede da ANEEL em Brasília".
Fonte: Jornal de Bairros (Timóteo)