Apesar de ter 27 cadeiras em disputa, apenas 12 dos atuais senadores que estão no fim dos mandatos iniciados em 2015 vão disputar a reeleição para o Senado Federal, o que significa que o índice de renovação será alto. Oito não vão disputar nenhum cargo na eleição deste ano, dois vão disputar a presidência da República, uma a vice, um a governador, uma a vice e os demais tentam uma cadeira na Câmara dos Deputados.
Este é o momento de o eleitor analisar como cada um desses senadores, em fim de mandato, votaram nas pautas de interesse da classe trabalhadora, alerta a CUT, que orienta: não vote em quem retira direitos da classe trabalhadora.
A reforma da Previdência, que tirou de milhões de trabalhadores e trabalhadoras o direito de um dia se aposentar, é uma das propostas aprovadas pela maioria desses senadores candidatos a algum cargo nas eleições deste ano. Dos 81 senadores, 56 votaram a favor das novas regras que obrigarão alguns a trabalharem até morrer.
Confira aqui como cada um votou para dar maioria e aprovar a reforma da Previdência, elaborada pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), em 2019.
O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) facilitou a análise do eleitor. Para saber quem está contra ou ao lado do trabalhador, basta acessar a plataforma digital do DIAP “Quem foi Quem no Congresso Nacional”.
Vale lembrar que, na maioria das vezes, todos os senadores candidatos à reeleição no Senado ou que buscam ocupar outros cargos votaram contra o trabalhador.
Confira abaixo como votaram os senadores e senadoras que são candidatos
Candidatas à Presidência da República
- Soraya Thronicke (União Brasil-MS): votou 100% contra os projetos de interesse da classe trabalhadora. Uma das propostas que a senadora votou contra o trabalhador foi a reforma da Previdência.
- Simone Tebet (MDB-MS): votou 83,33% contra os projetos de interesse dos trabalhadores e apenas 16,67% a favor. Também aprovou a reforma da Previdência.
- Mara Gabrilli (PSDB-SP): candidata a vice na chapa de Simone Tebet, votou 50% contra, inclusive congtra o direito à aposentadoria, e 50% a favor.
Os demais presidenciáveis não ocupam cargos de senadores.
Candidatos ao governo estadual
- Fernando Collor de Melo (PTB-AL): votou 66,67% contra os trabalhadores e 33,33% a favor.
Os demais candidatos a governos estaduais não são senadores.
Senadores candidatos à reeleição no Congresso
- Alexandre Silveira (PSD-MG): votou 100% contra as pautas de interesse da classe trabalhadora.
- Telmário Mota (Pros-RR): votou 100% contra.
- Wellington Fagundes (PL-MT): votou 100% contra os trabalhadores.
- Kátia Abreu (PP-TO): votou 83,33% contra os trabalhadores e 16,67% a favor.
- Romário (PL-RJ): votou 83,33% contra e 16,67% a favor.
- Omar Aziz (PSD-AM): votou 83,33% contra e 1667% a favor
- Roberto Rocha (PTB-MA): votou 80% contra as pautas de interesse dos trabalhadores e 20% a favor.
- Rose de Freitas (MDB-ES): votou 80% contra e 20% a favor dos trabalhadores.
- Davi Alcolumbre (União Brasil-AP): votou 75% contra e 25% a favor
- Otto Alencar (PSD-BA): votou 66,67% contra e 33,33% a favor.
- Dário Berger (PSB-SC): votou 66,67% contra e apenas 33,33% a favor
- Álvaro Dias (Podemos-PR): votou 50% contra e 50% a favor.
Senadores candidatos a uma vaga na Câmara dos Deputados
- Elmano Férrer (PP-PI): votou 100% contra as pautas de interesse de trabalhadores e trabalhadoras.
- Lasier Martins (Podemos-RS): votou 83,33% contra e 16,67% a favor.
- José Serra (PSDB-SP): votou 80% contra e 20% a favor.
Senadores que não concorrem nas eleições deste ano, mas continuam no cargo até 2026
- Paulo Rocha (PT-PA)
- Tasso Jereissati (PSDB-CE
- Reguffe (União Brasil-DF)
- Nilda Gondim (MDB-PB)
- Acir Gurgacz (PDT-RO)
- Maria do Carmo Alves (PP-SE)
- Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE)
- Luiz Carlos do Carmo (PSC-GO)
Fonte: CUT, por Marize Muniz