Luta forte



Luta forte

Diante do silêncio da Fenaban, a greve nacional dos bancários foi ampliada na terça-feira 8, em seu 20º dia, com o fechamento de 11.748 agências, centros administrativos e call centers em todos os estados e no Distrito Federal. Significa um crescimento de 91,1% em relação ao primeiro dia da paralisação, em 19 de setembro, quando 6.145 dependências foram fechadas.

"Os bancos acharam que nos venceriam pelo cansaço. Mas os bancários estão demonstrando extraordinária capacidade de luta e que têm fôlego para aumentar a greve ainda mais e forçar a Fenaban a apresentar uma proposta que contemple as reivindicações por aumento real, valorização do piso, PLR melhor, proteção ao emprego, melhores condições de trabalho, mais segurança e igualdade de oportunidades", diz Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

"Além do constante crescimento da greve, dia após dia, tanto em bancos públicos como privados, outro forte indicador de que os bancários não retornarão ao trabalho sem uma proposta decente foi que as assembleias desta segunda-feira foram massivas, com número maior de trabalhadores do que quando foi deflagrada a greve", acrescenta Cordeiro. "A categoria está muito irritada e mobilizada com a postura intransigente dos bancos, que nega a valorização dos salários dos trabalhadores, mas premia os altos executivos com remuneração milionária."

Categoria aguarda nova proposta

A Contraf-CUT enviou ofício do Comando Nacional à Fenaban comunicando que as decisões das assembleias de segunda-feira em todo o país rejeitaram a proposta insuficiente apresentada na sexta-feira, que eleva de 6,1% para 7,1% (o que representa apenas 0,97% de ganho real).

O Comando reitera no ofício que "permanece à disposição para continuar as negociações para a apresentação de uma proposta satisfatória dos bancos, que atenda de fato às reivindicações econômicas e sociais da categoria".

Vigilantes dão apoio e se colocam à disposição

A Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV) enviou carta à Contraf-CUT manifestando solidariedade à greve dos bancários e colocando-se à disposição para apoio efetivo à paralisação.

"Se vigilantes e bancários são as primeiras vítimas da violência nas agências do descaso e descompromisso dos patrões de bancos e de empresas de vigilância (...), hoje somos mais parceiros na luta e nos compromissos com respeito e dignidade", afirma na carta o presidente da CNTV, José Boaventura Santos.

"No 20º dia da greve - acrescenta Boaventura -, queremos não somente reafirmar o apoio dos vigilantes (...), mas também conclamar a toda a nossa categoria a expressar de todas as formas esse apoio, a colaboração e a ação efetiva para a ação dos trabalhadores e a derrota da intransigência e da arrogância dos banqueiros."

item-0
item-1
item-2
item-3