Em boletim, o CNE – Coletivo Nacional dos Eletricitários – considera um crime de lesa pátria o processo de desnacionalização do setor elétrico nacional imposto pelo governo golpista de Temer, e ressalta que a venda das empresas distribuidoras de energia contraria a proibição de privatizar estatais sem autorização do Congresso, conforme liminar Lewandowski. Desta forma, o CNE vai buscar todas as medidas cabíveis para anular os efeitos dos leilões.
A categoria iniciou na terça-feira (28/8) uma paralisação de 72 horas para denunciar a reabertura do processo de desmonte do setor elétrico estatal, além de alertar a população sobre os efeitos nefastos da privatização.
Basta ver os resultados da privatização da CELG para a população do Goiás. Além da perda da capacidade técnica, aconteceram centenas de demissões, com a consequente ampliação das terceirizações.
O CNE considera um crime de lesa pátria o processo de desnacionalização do setor elétrico nacional imposto pelo governo golpista de Temer.
A soberania energética brasileira está em risco iminente. Por isso, é preciso resistir e ir à luta em defesa do futuro do nosso país.
Resistência
A luta da categoria eletricitária e das entidades sindicais conseguiu adiar a venda das distribuidoras por mais de um ano. No entanto, a sanha privatista do governo conseguiu dar andamento ao processo de desmantelamento do patrimônio brasileiro. A Cepisa foi a primeira distribuidora a ser leiloada.
Portanto, ressaltamos que a venda das empresas distribuidoras de energia contraria a proibição de privatizar estatais sem autorização do Congresso, conforme liminar Lewandowski. Desta forma, o CNE vai buscar todas as medidas cabíveis para anular os efeitos dos leilões.
Para o presidente entreguista da Eletrobras, fica o recado: quem rir por último, ri melhor. Não vamos aceitar mais esse crime contra o patrimônio brasileiro e a classe trabalhadora.
POR QUE TANTA PRESSÃO DE PINTO JR. PARA A MUDANÇA DA ELETRONUCLEAR?
O presidente da Eletrobras, Wilson Pinto Jr., se esmera em exercer de forma autoritária o cargo de presidente da maior empresa de energia elétrica da América Latina. O que não surpreende, considerando o currículo da organização criminosa que assaltou o palácio do planalto, e de quem ele é um mero boneco de ventríloquo.
Irritado com as seguidas derrotas que o movimento dos trabalhadores vem lhe impondo, atrasando a entrega das empresas do sistema ao capital estrangeiro, intervém de forma açodada e agressiva na gestão das empresas, visando conseguir algum proveito. É o caso dessa mudança física da Eletronuclear para o prédio Herm Stoltz da Eletrobras, no Centro do Rio de Janeiro.
Uma situação absurda e emblemática
Bem ao seu estilo autoritário e arrogante, Pinto Jr., insiste em empurrar a Eletronuclear para um imóvel da Fundação Eletros, não obstante estar ciente de que a empresa patrocina duas fundações diferentes: a FRG e o Nucleos.
Mesmo a par deste conflito de interesses e dos argumentos técnicos contrários ao processo, comprovando ser um negócio de alto risco para a Eletronuclear, em função da grave crise de caixa que a empresa atravessa, a Eletrobras vem pressionando a direção da empresa a sair do prédio que ocupa há vários anos de qualquer jeito!
Os trabalhadores já se posicionaram contra a mudança, porém, neste modelo de administração não há espaço para o diálogo. Tudo é imposto.
O que se esconde por detrás disso?
É, no mínimo, um conflito de interesses do senhor Wilson Pinto, que não mede o tamanho da irresponsabilidade ou não se toca para o evidente prejuízo dos recursos públicos envolvidos nessa operação.
Os atos de Pinto Júnior são sempre suspeitos. Quem não se lembra da agência FSB comunicação que foi contratada a peso de outro para falar mal da própria Eletrobras, asmordomias no uso de automóvel particular com os custos bancados pela empresa, dentre outras ações questionáveis. Ou seja, tudo que ele mete os dedos deixa uma pulga de trás da orelha dos trabalhadores.
Nossa luta não tem trégua! Agora toda a pressão junto aos senadores para não aprovarem o projeto sobre as distribuidoras, uma vez que, em liminar, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu o governo de privatizar empresas estatais sem prévia autorização do Congresso.
Fonte: FNU/CUT