Luta contra a privatização da Cemig é destaque em TV dos Trabalhadores



Luta contra a privatização da Cemig é destaque em TV dos Trabalhadores

A luta dos eletricitários contra a privatização da Cemig foi destaque em reportagem veiculada pela TVT (TV dos Trabalhadores), na segunda-feira, 11. O coordenador-geral do Sindieletro, Jefferson Silva, junto com a coordenadora do MAB/MG (Movimento de Atingidos por Barragens), Aline Ruas, foram os entrevistados da reportagem.

De acordo com a pauta, a TVT informou que em Minas os trabalhadores e os movimentos populares se mobilizam contra a venda da Cemig. Mais de 100 entidades sindicais e sociais já assinaram e lançaram um documento contra a privatização. E, ainda, a mais recente pesquisa sobre o assunto apontou que 55% dos mineiros são contra a venda da estatal. No entanto, o governador Romeu Zema se mantém obstinado por privatizar a Cemig.

Jefferson Silva esclareceu que o governador Zema tem o compromisso ideológico de implantar em Minas o Estado Mínimo e nunca escondeu que atende aos interesses do mercado. “Muito ao contrário do discurso do governador, a Cemig tem obtido lucro e crescimento, ano a ano. Em 2019, o lucro da empresa chegou a R$ 3,127 bilhões, e o Estado como acionista majoritário, levou a maior parte do lucro, individualmente”, destacou.

O coordenador-geral do Sindieletro também destacou que o governo enfrenta a resistência dos trabalhadores e da Assembleia Legislativa. Jefferson observou que a ALMG decide se privatiza ou não, e lembrou que a Cemg passou por duas tentativas de privatização. Uma delas foi no final dos anos 90, com a venda de 33% das ações ordinárias para sócios estrangeiros pelo então governo do PSDB de Eduardo Azeredo, que concedeu a esses sócios o generoso acordo de acionistas (eles passaram a ter o poder de decisão na empresa).

Os eletricitários reverteram a privatização branca, no governo de Itamar Franco, obtendo na Justiça o fim do acordo de acionistas. Mais importante: a categoria eletricitária da Cemig conquistou a cláusula na Constituição Mineira prevendo que a privatização da estatal (e da Copasa também) só pode ser efetivada com o voto de três quintos da ALMG e referendo popular junto aos mineiros.

Movimentos sociais

Já a coordenadora do MAB/MG, Aline Ruas, destacou que a privatização é “tudo contra os interesses da classe trabalhadora”. Ela lembrou que ainda em campanha eleitoral, Romeu Zema nunca escondeu que é privatista e tem o desejo enorme de vender a Cemig. “Nós, do movimento popular, junto com os sindicatos, denunciávamos esse projeto desde a campanha eleitoral. Hoje, pesquisas indicam que mais da metade da população de Minas  é contra a privatização da Cemig, grande parte da nossa população não tem noção dos impactos da privatização para a vida do povo. Se tivesse, a pesquisa indicaria posição contrária muito maior”, avaliou.

Você pode assistir todo o programa (Seu Jornal) acessando AQUI. A reportagem sobre a privatização da Cemig começa aos 35 minutos e 49 segundos.

 

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