Com apresentação do MC Lucas Afonso e da atriz e pesquisadora Roberta Estrela D’Alva, o evento do 1º de Maio 2020 começou precisamente às 11h30 com um vídeo em homenagem ao trabalhador, seguido de mensagens de representantes de religiões. Os primeiros artistas a aparecer foram o ator Osmar Prado e o cantor e compositor Odair José.
Fizeram saudações Dora Incontri, da Associação Brasileira de Pedagogia Espírito, Makota Celinha (Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira), Romi Bencke (Conselho Nacional das Igrejas Cristãs), Hajj Mangolin (Comitês Islâmicas de Solidariedade) e o padre Júlio Lancelotti, da Pastoral do Povo de Rua.
“Não deixem de lutar”, disse padre Júlio. “Os trabalhadores, os que estão desempregados, as mulheres, todas aqueles que luam por uma vida mais digna. O trabalho tem muito conflito, mas também tem muita esperança.”
Em seguida, apareceu no vídeo, o ator Osmar Prado, evocando o ex-presidente Getúlio Vargas e seu discurso para o trabalhador. “Era um defensor ferrenho da soberania nacional”, afirmou, dizendo transmitir uma mensagem de confiança e fé aos trabalhadores. “Vocês são sustentáculo da nação, vocês que geram a riqueza. Se vocês pararem, tudo para.”
Odair José
Odair José defendeu a empatia. “Precisamos, se for possível, ficar em casa, ser solidários e estar juntos.” Segundo ele, sua “carteira de trabalho” é a guitarra, que começou a tocar ainda nos anos 1960. A primeira das três músicas que tocou, Deixe Essa Vergonha de Lado, faz homenagem às trabalhadoras domésticas, em um tempo em que a profissão não era regulamentada – algo que só aconteceu, lembrou, durante o governo Dilma.
"Deixe essa vergonha de lado
Pois nada disso tem valor
Por você ser uma simples empregada
Não vai modificar o meu amor"
Ele cantou ainda o rock Gatos e Ratos e um de seus clássicos, Eu Vou Tirar Você Desse Lugar, que faz referência às prostitutas. O cantor defendeu a regulamentação da profissão.
O bloco seguiu com a secretária-geral da CUT, Carmen Foro, falando dos desafios de se realizar um 1º de Maio virtual. “Mas o trabalhador inventa e reinventa sua própria história”, afirmou. Ela lembrou que o evento defende a saúde pública, o emprego e a renda. E defendeu a saída do “governo da morte” de Bolsonaro.
As lives continuam ao longo do dia.
Fonte: CUT