Karine Jean-Pierre, a primeira porta-voz da Casa Branca negra, migrante e lésbica



Karine Jean-Pierre, a primeira porta-voz da Casa Branca negra, migrante e lésbica

Na última quinta-feira (5), o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou Karine Jean-Pierre como nova secretária de Imprensa da Casa Branca - ela tomará posse no dia 13. Ela será a primeira mulher negra, migrante e abertamente lésbica a assumir o cargo.

Na própria quinta, a atual secretária, Jen Psaki, que está deixando o cargo para ser comentarista na MSNBC, apresentou Karine Jean-Pierre ao final de um encontro com jornalistas credenciados na Casa Branca. Com a voz embargada de emoção, ela elogiou as qualidades de sua assistente, a quem abraçou várias vezes.

Karine Jean-Pierre “será a primeira mulher negra, a primeira pessoa abertamente LGBT+ a ocupar esse cargo, o que é ótimo, porque representatividade é importante. Ela dará voz a tantas pessoas e mostrará o que é possível quando você trabalha duro e sonha alto”, disse Psaki.

Igualmente emocionada, a futura Secretária de Imprensa declarou: “É um momento histórico e estou bem ciente disso. Eu entendo o quanto é importante para muita gente”.

Em maio do ano passado, Jean-Pierre tornou-se a primeira mulher LGBTQI+ e a segunda negra na história a conduzir uma coletiva de imprensa na Casa Branca.

Ela esteve ao lado de Psaki em diversas conferências de imprensa e chegou a substituí-la um pouco antes da viagem de quatro dias de Biden à Europa, após a invasão russa da Ucrânia, quando Psaki testou positivo para o coronavírus.

Jean-Pierre vem atuando como assessora sênior de comunicação na Casa Branca desde a posse de Biden, em janeiro de 2020. Anteriormente, ela era consultora de campanha e foi também chefe de gabinete da vice-presidente Kamala Harris.

Antes de trabalhar na campanha de Biden e Harris, Jean-Pierre atuou como analista política das emissoras NBC e MSNBC, e assumiu diretorias de políticas regionais da Casa Branca durante o governo Obama, para quem também trabalhou durante a campanha à reeleição.

Ela é formada em Relações Públicas e Internacionais pela Universidade de Columbia e foi uma ativista social e depois política na juventude.

Karine Jean-Pierre nasceu há 44 anos na Martinica, depois de seus pais fugirem do Haiti. Quando a filha tinha 5 anos, eles emigraram para Nova York, cidade em que ela cresceu. Seu pai era taxista e sua mãe, cuidadora.

Em 2018, Karine Jean-Pierre disse em uma entrevista: “Sou tudo o que Donald Trump odeia".

Ela é abertamente lésbica e é casada com a repórter da emissora CNN Suzanne Malveaux, com quem tem uma filha adotada.

Fonte: Brasil de Fato, por Mauro Lopes

 

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