Jogo sujo para enfraquecer a luta dos eletricitários

Conforme já foi noticiado pelo Sindieletro, durante o processo eleitoral na Forluz, o RH da Cemig permitiu que o representante  da DRP, Vanderlei Toledo, fizesse campanha eleitoral para a Chapa 2, durante o curso do Programa de Preparação para Aposentadoria (PPP), promovido em Sete Lagoas.

Mas outros problemas estão acontecendo. Outros eletricitários que estão se aposentando denunciaram que nos cursos promovidos pela empresa,  a Associação dos Eletricitários Aposentados (AEA) é convidada a participar. O fato grave  é que, durante o curso, a AEA incentiva os eletricitários a se desfiliarem do Sindieletro. Existe, inclusive, uma carta modelo que o trabalhador precisa  apenas assinar e enviar para o Sindicato. Isso tudo com a conivência  do  RH. 

O Sindieletro procurou o RH, que negou interferência em processo de filiação dos trabalhadores. Mas o discurso está muito longe dos fatos presenciados pelo Sindicato e muitos trabalhadores.

A campanha sórdida para desestabilizar o Sindieletro não para por ai. O eletricitário aposentado Elias Salomão Castilho denuncia a campanha também da Forluz para afastar o eletricitário do seu sindicato.

O ex-mecânico de manutenção da Usina Térmica, que atuava em Igarapé, conta que em  2017  procurou  a Fundação para pedir um empréstimo de emergência. De acordo  com  Elias, a funcionária da Forluz, ao analisar o contracheque, afirmou que ele teria que se desligar do Sindieletro para que o empréstimo fosse concedido. Diante da recusa de se desfiliar, o eletricitário teve seu pedido negado.

Contra esse jogo sujo, a direção do Sindieletro reafirma o compromisso com os eletricitários. Não pararemos de denunciar irregularidades e lutar contra as injustiças que atingem os eletricitários e os participantes, seja no Fundo de Pensão ou na Cemig Saúde.

Vale destacar que foi o Sindieletro que recentemente encampou a luta contra o aumento abusivo no plano de saúde para os dependentes especiais.

 A serviço de quem?

Contraditoriamente, o grupo de Vanderlei Toledo, que tem origem no movimento sindical no Sul de Minas, não tenta prejudicar outros sindicatos.

É importante resgatar que nos últimos anos foi o Sindieletro que garantiu o devido enfrentamento às tentativas da Cemig de retirar direitos dos trabalhadores nos acordos coletivos. Enquanto o Sindieletro resistia, outros sindicatos fechavam acordos com perdas para os trabalhadores.

O contexto nacional é de acirramento da luta de classe. O governo ilegítimo de Michel Temer e seus aliados tentam destruir a organização dos trabalhadores, acabando com financiamento da luta dos sindicatos.

Nesse contexto, fica o questionamento: Quando faz campanha para a desfiliação do Sindieletro, o grupo de Vanderlei Toledo está a serviço de quem? O trabalhador também precisa saber com clareza de que lado está.